ATOS DE DEPREDAÇÃO

Jornalista Wellington Macedo é preso no Paraguai

Rhuan C. Soletti · 15 de Setembro de 2023 às 10:55 ·

Macedo, uma figura de destaque nas redes sociais, estava foragido por meses. O caso que o levou à fuga envolveu a fracassada tentativa de explosão de um caminhão de combustível perto do aeroporto de Brasília

O jornalista Wellington Macedo, procurado intensamente desde janeiro de 2023, foi finalmente detido pela Polícia Nacional do Paraguai com a colaboração da Polícia Federal Brasileira. Ele foi entregue às autoridades brasileiras na quinta-feira (14) na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu (PR) à Cidade do Leste.

A ordem de prisão de Macedo foi emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido à sua suposta incitação aos atos de 7 de setembro de 2021.

Macedo, uma figura de destaque nas redes sociais, estava foragido por meses. O caso que o levou à fuga envolveu a suposta tentativa de explosão de um caminhão de combustível perto do aeroporto de Brasília.

Desde a ordem de prisão de Moraes, Macedo estava em prisão domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica, mas ainda frequentava o acampamento em frente ao quartel do Exército, em Brasília, para protestar contra o resultado das eleições.

Segundo o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo de Castro Cardoso, há "provas contundentes" da participação direta do jornalista cearense na depredação do prédio da PF em Brasília, ocorrida em 12 de dezembro do ano anterior.

Os outros dois envolvidos, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já estão detidos. As sentenças atribuídas a eles foram fixadas em nove anos e quatro meses de prisão e cinco anos e quatro meses, respectivamente, ambos em regime inicial fechado.

A descoberta da participação de Macedo no crime se deu pela utilização de uma tornozeleira eletrônica que o suspeito fazia na época dos acontecimentos. As informações obtidas por meio do rastreamento do dispositivo permitiram traçar o trajeto que ele percorreu no dia do ataque.

As câmeras de segurança de uma loja e do próprio caminhão, onde a bomba foi colocada, registraram o momento em que o veículo de Macedo se aproximava lentamente, permitindo que seu cúmplice, Alan Diego dos Santos Rodrigues, implantasse o explosivo.


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