Venezuelanos protestam pela segunda vez após vitória fraudulenta de Maduro
Multidão vai às duas na Venezuela contestar resultado das eleições
Milhares de venezuelanos foram às ruas pelo segundo dia consecutivo após o Colégio Nacional Eleitoral (CNE) declarar a vitória de Nicolás Maduro no pleito presidencial de domingo (28). A eleição é considerada fraudulenta pela oposição e permanece sob forte desconfiança de uma série de países e organizações internacionais.
Os protestos foram convocados pela líder da oposição, María Corina Machado, e González Urrutia. Ela alega ter tido acesso a atas eleitorais, que teriam mostrado uma derrota arrasadora de Maduro.
O CNE anunciou que Maduro recebeu 51% dos votos, enquanto seu maior opositor, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática), teria recebido 44% dos votos.
Les dijimos que íbamos a ganar y a cobrar; tenemos cada una de las actas y esa es la prueba irrefutable de que GANAMOS y @EdmundoGU es el nuevo presidente electo.
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) July 30, 2024
Así lo ratificamos hoy cívicamente en Caracas. pic.twitter.com/TZu3pWGuBo
“Não tentem nos procurar para negociar resultados, resultados não se negociam. A única coisa que estamos dispostos a negociar é uma transição pacífica, com garantias para todos”, discursou Corina no ato. “Faremos com que o regime reconheça o que o mundo inteiro sabe: Edmundo González Urrutia é o nosso próximo presidente”.
De acordo com dados do Foro Penal, atualizados nesta terça-feira (30) às 10h na Venezuela, ao menos seis pessoas morreram nos protestos.
Maduro, por sua vez, atribui os protestos à "extrema-direita":“Temos acompanhado todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Já vimos esse filme. Então, mais uma vez, com a união civil, militar e policial, estamos agindo. Já sabemos como eles operam.”
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