IGREJA

Vaticano condena abertura das Olimpíadas de Paris

Redação BSM · 4 de Agosto de 2024 às 08:42 ·

Em nota publicada neste sábado, a Santa Sé expressou “profunda tristeza” pela paródia da Santa Ceia

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 gerou controvérsias ao incluir uma performance que o Vaticano considerou uma ofensa religiosa. Em nota oficial divulgada neste sábado (3), a Santa Sé expressou profunda tristeza pelas cenas que representaram uma paródia da "Última Ceia", de Leonardo da Vinci, substituindo Jesus Cristo e seus Apóstolos por drag queens e figuras com halo na cabeça.

A Santa Sé enfatizou que um evento de prestígio, onde o mundo se reúne em torno de valores comuns, não deve incluir alusões que ridicularizem convicções religiosas. A nota oficial declarou: “A liberdade de expressão encontra seu limite no respeito pelos outros”. O comunicado destacou a solidariedade do Vaticano com vozes de cristãos e crentes de outras religiões que se manifestaram contra a performance.

A Conferência Episcopal da França também lamentou profundamente as cenas, considerando-as um escândalo e uma zombaria do cristianismo. Políticos franceses, como a deputada Marion Maréchal e a líder da direita nacionalista Marine Le Pen, criticaram publicamente as imagens.

O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, defendeu a performance, explicando que a intenção era celebrar uma festa pagã ligada aos deuses do Olimpo, em referência à origem das Olimpíadas na Grécia Antiga.

Diversos meios de comunicação repercutiram a polêmica, com alguns destacando a defesa de Jolly e outros enfatizando a indignação de grupos religiosos. A cena que gerou maior controvérsia incluía uma modelo trans, o cantor Philippe Katerine, quase nu, e referências ao deus grego do vinho e da festa, Dionísio.

O Vaticano reiterou que a liberdade de expressão não está em questão, mas que deve haver um limite no respeito aos sentimentos religiosos. O comunicado concluiu: “Um evento de prestígio não deveria permitir alusões que ridicularizem convicções religiosas de muitas pessoas.”

A polêmica em torno da cerimônia de abertura lançou uma sombra sobre os Jogos Olímpicos de Paris, que pretendem ser um símbolo de união e paz global.

 


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