TSE acessou dados sigilosos da Polícia de SP após pedido informal de segurança de Moraes, diz Folha
Policial lotado no gabinete de Moraes solicitou ao TSE informações sobre a segurança do ministro na Polícia de São Paulo
Não eram só os assessores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que faziam pedidos informais, fora do rito, para a produção de relatórios e levantamento de dados pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um segurança do ministro adotou a mesma postura: o policial Wellington Macedo, lotado no gabinete de Moraes no STF, fez pedidos pelo WhatsApp a Eduardo Tagliaferro, então chefe do AEED, para apurar fatos relacionados à segurança dele e de seus familiares. Em ao menos uma ocasião, Tagliaferro respondeu que conseguiu levantar informações sigilosas com um policial civil de São Paulo.
As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo, em mais uma reportagem da série que mostra como o ministro do STF usou o TSE informalmente para produzir relatórios que embasariam suas decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O procedimento, além de não constar em nenhum registro, está fora do escopo do TSE, que é um órgão administrativo da Justiça Eleitoral. A proteção dos ministros do STF é de responsabilidade da Secretaria de Segurança da Corte.
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