EUA

Trump diz que processo sobre fraude fiscal é “caça às bruxas” para tirá-lo da política

João Pedro Magalhães · 2 de Outubro de 2023 às 17:09 ·

Donald Trump, que não era obrigado a comparecer ao tribunal no início do julgamento, opta por estar presente pessoalmente em Nova York, descrevendo o processo como uma perseguição com claras motivações políticas

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que processo que enfrenta por suposta fraude fiscal é uma "caça às bruxas", e o juiz responsável por seu julgamento, Arthur Engoron, é um agente democrata que já tomou sua decisão para condená-lo injustamente.

“Vamos ficar meses aqui com um juiz que já se decidiu. É ridículo”, disse o ex-presidente.

Trump também criticou a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, por persegui-lo em vez de se dedicar ao combate de crimes violentos.

“Eles perdem tempo com isso, com bancos que ficaram muito felizes por terem recebido todo o seu dinheiro de volta. Eles não foram fraudados. [Eu] fui fraudado”, alegou o empresário.

Donald Trump, que não era obrigado a comparecer ao tribunal no início do julgamento, opta por estar presente pessoalmente em Nova York, descrevendo o processo como uma perseguição com claras motivações políticas.

“Tenho passado por uma caça às bruxas há anos, mas agora isso está realmente ficando sujo entre (o advogado especial) Jack Smith e entre todas essas pessoas do Departamento de Justiça que os ajudam”, afirmou o americano. “Esta é uma pura caça às bruxas com o propósito de interferir nas eleições dos Estados Unidos da América. É totalmente ilegal”.

O julgamento, presidido pelo juiz Engoron, tem previsão de durar até 22 de dezembro. Nele, Donald Trump, seus filhos mais velhos e executivos da Organização Trump enfrentam acusações de suposta fraude fiscal.

No mês de setembro, o magistrado decidiu pela condenação de Trump e demais outros réus, por fraude "persistente e repetida" no fornecimento de relatórios contábeis falsos ao longo de cerca de uma década. A procuradora Letitia James argumenta que eles inflaram ativos em relatórios contábeis para obter vantagens em empréstimos e seguros imobiliários.

Agora, o juiz está encarregado de avaliar outras seis acusações que incluem falsificação de registros comerciais, conspiração para falsificar registros comerciais, emissão de relatórios contábeis falsos, conspiração para falsificar relatórios contábeis, fraude de seguro e conspiração para cometer fraude de seguros.

 


"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"



ARTIGOS RELACIONADOS