Brasil

Sínodo dos Bispos "compensará" o carbono (CO2) emitido no decorrer da assembleia

Luís Batistela · 20 de Setembro de 2023 às 11:03 ·

A assembleia será realizada entre os dias 4 e 29 outubro deste ano. Em 2024, será formalizado um outro encontro, em Roma, para concluir o Sínodo da sinodalidade.

A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos emitiu nesta terça-feira (19) um comunicado à imprensa informando que a entidade da Santa Sé compensará as emissões de carbono (CO2) produzidas pela XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que terá início em 4 de outubro deste ano. O projeto contará com o apoio econômico da Fundação SOS Planet e da corporação LifeGate.

O projeto considera o compromisso ecológico apresentado pelo Papa Franciso em sua encíclica "Laudato Si", publicada em maio de 2015. O texto é comumente usado pelos bipos do Brasil – em comunhão com a Conferência  Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – sob o discurso de resguardar a "casa comum", isto é, o Planta Terra, para defender as pautas ambientalistas. 

Veja o texto: 

O compromisso de salvaguardar a criação da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos

Às vésperas da publicação de uma “nova” Laudato si’, a Secretaria Geral do Sínodo pretende dar a sua contribuição para a proteção da criação através de uma forma de compensação pelas emissões residuais de CO2 produzidas pela próxima XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos.

Através do apoio económico da Fundação SOS Planet e do contributo técnico da LifeGate, já testado por ocasião da Assembleia Sinodal de 2019, parte das emissões residuais de CO2 serão compensadas graças a projetos capazes de gerar um “crédito” de carbono capaz de equilibrar a “dívida” acumulada.

O projeto escolhido para compensar emissões, que responde ao critério de ecologia integral proposto pela encíclica ‘Laudato si', reúne a vertente ecológica, a atenção ao território e a ajuda concreta à vida das populações envolvidas. O projeto identificado, realizado na Nigéria e no Quénia, visa difundir fogões de cozinha eficientes e tecnologias de purificação de água para famílias, comunidades e instituições. As novas tecnologias reduzirão significativamente o consumo de biomassa não renovável e de combustíveis fósseis para cozinhar e ferver água. Isto resultará numa melhoria significativa da poluição atmosférica que tem uma correlação direta com as doenças respiratórias e as taxas de mortalidade, especialmente entre mulheres e crianças, melhorando consequentemente o estado de saúde das populações envolvidas.

“Nunca maltratámos e ofendemos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos. Pelo contrário, somos chamados a tornar-nos instrumentos de Deus Pai para que o nosso planeta seja aquilo com que Ele sonhou quando o criou e corresponda ao seu plano de paz, beleza e plenitude” (Papa Francisco, LS 53).

A Assembleia será realizada entre os dias 4 e 29 outubro deste ano. Em 2024, será formalizado um outro encontro, em Roma, para concluir o Sínodo da sinodalidade.

 

 


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