Putin diz que oposição venezuelana deve “aceitar derrota”
Ditaduras do bloco russo-chinês fazem coro em apoio a Nicolás Maduro
Os comandantes do bloco-russo chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, fazem coro em apoio ao ditador Nicolás Maduro mesmo diante da farsa eleitoral venezuelana.
O Kremlin declarou na terça-feira que a oposição venezuelana deve aceitar a derrota na eleição presidencial, após os resultados oficiais indicarem a vitória de Nicolás Maduro. Enquanto manifestantes tomavam as ruas em protesto, as forças de segurança responderam com gás lacrimogêneo e balas de borracha.
“Vemos que a oposição não quer aceitar a derrota. Mas acreditamos que ela deve fazer isso”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Moscou, que apoia Maduro, recebeu a notícia com felicitações do presidente Vladimir Putin, que congratulou Maduro pela vitória. Peskov também alertou contra a interferência estrangeira na política venezuelana, enfatizando que o país deve estar livre de influências externas.
O presidente chinês, Xi Jinping, também parabenizou Maduro pela reeleição, conforme relatado pela mídia estatal chinesa. Essa posição se destaca diante das críticas de vários líderes latino-americanos e dos Estados Unidos, que questionam a legitimidade do processo eleitoral.
As autoridades eleitorais venezuelanas informaram que Maduro obteve 51% dos votos, garantindo seu terceiro mandato e estendendo o governo socialista que já dura um quarto de século. No entanto, a oposição alegou ter provas de irregularidades na contagem de votos, intensificando os protestos antigovernamentais em todo o país. A polícia venezuelana dispersou manifestantes em Caracas com gás lacrimogêneo.
“O governo e o povo venezuelanos são capazes de lidar com seus próprios assuntos internos”, declarou o porta-voz chinês, Lin Jian. Apesar disso, governos da América Latina e os Estados Unidos manifestaram ceticismo sobre o resultado eleitoral. O governo Biden acusou Maduro de manipulação eleitoral, enquanto o Peru demitiu diplomatas venezuelanos em resposta à controvérsia.
Novos protestos são esperados na Venezuela, com a equipe de campanha de Maduro organizando uma contramarcha para celebrar a vitória proclamada.
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