GUERRA

Palestinos ultrajam cadáveres de israelenses e conflito passa dos 200 mortos

Luís Batistela · 7 de Outubro de 2023 às 13:14 ·

Em reação à ofensiva islâmica, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência com governistas e responsáveis de segurança e prometeu que “o inimigo pagará um preço sem precedentes”. Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, aprovou a movimentação dos reservistas

O grupo islâmico palestino Hamas iniciou uma ofensiva com bombas, invasões e assassinatos em Israel neste sábado (7). Até o momento, o conflito iniciado pelos mulçumanos resultou em 238 mortes e mais de 700 pessoas feridas. Diante da ocorrência, as Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam “estado de alerta para guerra”. O conflito está sendo realizado durante a festividade do Simchat Torah, uma celebração judaica que comemora o recebimento da Torá, no Monte Sinai, por Moisés.

Autoridades médicas da Faixa de Gaza confirmaram 198 vítimas fatais da ofensiva islâmica; o grupo também afirmou que 1.610 palestinos foram socorridos e levados aos hospitais. Por sua vez, o centro financeiro de Israel, Telaviv, atestou a morte de 40 cidadãos israelenses. De acordo com o Ministério da Saúde de Israel, 779 pessoas ficaram feridas no país.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os terroristas vilipendiando cadáveres de soldados israelenses mortos no conflito. Em uma das filmagens, os maometanos retiram as roupas de um soldado mulher, deixando-a parcialmente nua, enquanto explanam seu cadáver, despido, publicamente. Noutra situação, os mulçumanos arrancam um soldado israelense de dentro de um tanque de guerra e ultrajam o cadáver com chutes e pisadas.

Na manhã deste sábado, o Hamas reivindicou a autoria dos milhares de foguetes enviados de Gaza para o território israelita. O líder do grupo terrorista, Mohammad Deif, alegou que mais de 5.000 mísseis atingiram Israel nos primeiros 20 minutos de bombardeio. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra”, assegurou Deif.

O sul do país aparentemente é a região mais afetada pelos conflitos. Na cidade de Sderot, perto da Faixa de Gaza, a mídia israelense elencou que os terroristas atiraram contra pedestres e casas na redondeza. “Moramos em Sderot há mais de 30 anos e vimos muita coisa ao longo dos anos, mas desta vez é diferente. Não temos permissão para sair de casa; terroristas estão vagando pela cidade” (...).

“... Ouvimos tiros e mísseis constantes, e isso se transforma em um ruído contínuo e indistinto, a tal ponto que fica difícil entender o que estão atirando e quem está atirando, se é deles ou nosso. Ouvi dizer que muitos soldados já estão na cidade. Ouvimos dizer que os terroristas se barricaram na escola, não muito longe da nossa casa”, informou a residente de Sderot, Sonia Kagan, ao The Epoch Times.

Em reação à ofensiva islâmica, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência com governistas e responsáveis de segurança e prometeu que “o inimigo pagará um preço sem precedentes”. Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, aprovou a movimentação dos reservistas.

“Cidadãos de Israel, estamos em guerra, não numa operação ou em rondas, mas em guerra. Esta manhã, o Hamas lançou um ataque surpresa assassino contra o Estado de Israel e os seus cidadãos. Estamos nisto desde as primeiras horas da manhã.

Convoquei os chefes do sistema de segurança e ordenei – em primeiro lugar – a evacuação das comunidades que foram infiltradas por terroristas. Isso está sendo feito atualmente.

Ao mesmo tempo, ordenei uma ampla mobilização de reservas e que respondemos ao ataque de uma maneira que o inimigo não conhecia. O inimigo pagará um preço sem precedentes.

Enquanto isso, apelo aos cidadãos de Israel para que cumpram estritamente as diretrizes das Forças de Defesa de Israel e do Comando da Frente Interna. Estamos em guerra e vamos vencer” – declarou Netanyahu.

Nas redes sociais, a embaixada israelense no Brasil – Israel no Brasil – informou que “a organização terrorista Hamas realizou um ataque combinado, incluindo o lançamento de foguetes e infiltrações terroristas no território israelense na Faixa de Gaza. As IDF defenderão os civis israelenses e a organização terrorista do Hamas pagará um preço elevado pelas suas ações”.

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Para o nosso colunista de geopolítica Brás Oscar, existe um problema na mentalidade de boa parte do alto comando das forças armadas de Israel que sempre resulta numa assimetria entre as ações militares palestinas e israelenses. Brás explica que as ações dos terroristas não levam em consideração os valores intrínsecos dos seres humanos. O grupo islâmico, claramente, desumaniza seus adversários – os israelenses, neste caso – através de realizações e empreendimentos militares claramente bárbaros.

Em contrapartida, o exército israelense demonstra-se altamente submisso às narrativas ideológicas que supostamente integram os direitos humanos. Desta forma, o país não apenas abre mão de salvaguardar, em diversas ocasiões, a sua própria nação, mas submete-se parcialmente aos seus adversários.

“Existe um problema na mentalidade das forças armadas israelenses. Eles aceitaram uma guerra assimétrica, o inimigo palestino não trata o israelense com humano. Paralelamente, o israelense dá ao inimigo palestino toda a dignidade humana, todos os direitos e toda a boa fé. Teoricamente seria o correto, entretanto, numa situação em que o inimigo não te considera mais digno de qualquer humanidade, se você não jogar dento das mesmas regras, você vai aceitar uma guerra assimétrica. É assim que acontece”.

Hamas parabeniza eleição de Lula

Em outubro do ano passado, o Hamas parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória eleitoral sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. A congratulação foi publicada no site do grupo, que chamou Lula de "lutador pela liberdade". O autor do texto considerou a eleição de Lula uma vitória para o povo palestino, população em nome da qual grupos como o Hamas promovem terrorismo contra Israel. Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil se aproximou do governo israelense e da causa antiterrorista. Segundo o terrorista que assina o texto, Lula tem dado um apoio “forte e contínuo” aos palestinos nos fóruns internacionais.

Antes da vitória eleitoral de Lula, em maio de 2022, o membro do birô político do grupo, o dr. Basem Naim, em entrevista ao canal de extrema-esquerda TV 247, afirmou que a facção terrorista comemorou a liberdade concedida à Lula, tal como a futura corrida presidencial – que resultaria no empossamento do petista. 

"Apreciamos o apoio brasileiro ao nosso povo. Começou anos atrás, particularmente na época em que Lula era presidente (...). Ficamos felizes quando Lula foi libertado e obteve nova chance para competir à Presidência. Esperamos ansiosamente pelos dias em que veremos o Brasil novamente na luta pela liberdade e dignidade da Palestina".

 

 


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