Lula diz para Haddad ler menos livro e conversar mais com o Congresso
Menos leitura, mais articulação — é o que o ocupante da Presidência pediu a seu ministro da Fazenda
O ocupante da Presidência da República, Lula da Silva (PT), quer mais agilidade do seu vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e mais articulação política do seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem recomendou ler menos livros e conversar mais com os deputados e senadores do Centrão.
“O Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias], Rui Costa [ ministro da Casa Civil] passam maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B", afirmou Lula, durante a cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito a inscritos no CadÚnico , base de dados do governo para o pagamento de programas sociais.
Como o PT tem apenas 70 dos 513 parlamentares, Lula recomendou que Haddad largue os livros – mesmo que sejam os de economia, que ele já admitiu não ter estudado muito na época da universidade – e dê seus pulos na articulação política.
A propósito, a articulação do governo no Congresso vem sofrendo uma série de críticas, sobretudo por parte do presidente da Câmara, Arthur Lia (PP-AL). Lira chegou a chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente”.
Lula deve se encontrar nesta semana com Lira e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), numa tentativa de melhorar as relações com o Congresso. E vem aí uma pauta-bomba: a PEC turbina o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões.
Pachequinho quer muito aprovar esse aumento.
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