Lula condena suposta agressão a Moraes e ameaça “extirpar” opositores em nome da civilidade
Apesar de criticar o “ódio” e dizer que “ninguém consegue viver amargurado todos os dias”, Lula já revelou nutrir um desejo de vingança contra investigadores da Lava Jato, em especial, contra o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro
Ao conceder entrevista coletiva nesta quarta-feira (19), em Bruxelas, na Bélgica, o presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenou a suposta agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e ameaçou “extirpar” todos os opositores em nome da paz e da civilidade.
Ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de lotear ministérios para acomodar mais partidos à base do governo, o petista negou que esteja negociando cargos e adotou um tom moderado ao elogiar a aprovação da Reforma Tributária e outras mudanças fiscais.
De repente, Lula mudou o semblante ao afirmar que tem notado uma “vontade majoritária nas pessoas de que o ódio surgido no processo eleitoral tem que ser extirpado”.
“Nós precisamos punir severamente pessoas que transmitem ódio como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano. O cidadão pode não concordar com uma pessoa, mas ele não tem que ser agressivo, ele não tem que xingar, ele não tem que desrespeitar. Ou seja, é possível a gente voltar à civilização [...] Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem que ser extirpada e nós vamos ser muito duros com essa gente para eles aprenderem a ser civilizados. Nós queremos paz, trabalho, emprego, educação, saúde e viver bem”, disse o petista em clara referência a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em quem a esquerda tenta colar os rótulos de nazista e fascista.
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Veja o trecho da entrevista com a declaração do petista.
Apesar de criticar o “ódio” e dizer que “ninguém consegue viver amargurado todos os dias”, Lula já revelou nutrir um desejo de vingança contra investigadores da Lava Jato, em especial, contra o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro.
Ao conceder entrevista ao site de extrema-esquerda, Brasil 247, em março, o petista lembrou do seu tempo de detento na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), e relatou conversas que tinha com procuradores que o visitavam.
“De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, (para saber) se estava tudo bem. Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava: Não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro”, disse o petista.
Em seguida, sem se dar conta de que a entrevista transcorria ao vivo, Lula pediu para que os entrevistadores cortassem a palavra “foder”. O presidente foi lembrado que estava ao vivo e, portanto, o pedido não poderia ser atendido. Então, com a desfaçatez contumaz, Lula emendou a resposta, fez novamente cara de vítima e seguiu seu relato dizendo-se profundamente magoado com todos que fizeram parte da Lava Jato.
Por várias vezes, durante a polêmica entrevista, Lula afirmou ter “muita fé em Deus”. Em todas as vezes em que disse ser cristão, Lula não deixou de destacar seu desejo de vingança.
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