Israel anuncia “cerco total” na Faixa de Gaza
"Estamos enfrentando bárbaros e nossa resposta será à altura", declarou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, emitiu ordens, nesta segunda-feira (9) para cercar completamente a Faixa de Gaza no terceiro dia de conflito após ataques do grupo terrorista Hamas contra o território israelense. Segundo Gallant, a medida implicará na interrupção do fornecimento de eletricidade, alimentos, combustível e água para a região. "Estamos enfrentando bárbaros e nossa resposta será à altura", declarou o ministro.
A Faixa de Gaza, controlada pelo grupo extremista Hamas, foi alvo dos ataques no sábado (7) que desencadearam uma declaração de guerra por parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Com uma população de cerca de 2,3 milhões de habitantes, o território está agora sujeito a uma medida de cerco rigorosa.
O anúncio de Gallant foi transmitido por meio de um vídeo de seu gabinete, no qual ele afirmou a decisão:
"Estabelecemos um bloqueio completo à Faixa de Gaza, nada chegará lá, nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás; tudo está bloqueado. Estamos enfrentando terroristas bárbaros e responderemos de acordo".
A região já estava submetida a um bloqueio aéreo, terrestre e marítimo por parte de Israel desde junho de 2007, quando o Hamas tomou o controle da região. Existem apenas três pontos de passagem de fronteira por terra, sendo dois sob controle israelense e um sob controle egípcio.
Nesta segunda-feira (9), porém, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, informou que as tropas israelenses retomaram o controle das comunidades circundantes da Faixa de Gaza. Ele destacou que os terroristas do Hamas na região foram combatidos após a formação de quatro divisões de combate no sul do país.
A situação, porém, continua extremamente delicada e a região, sob tensão. Até o momento, já foram confirmadas ao menos 1.260 mortes, sendo 700 israelenses e 560 palestinos. Além disso, outras 5.050 pessoas ficaram feridas.
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