Governo federal tem rombo de R$ 58,44 bilhões apenas em fevereiro deste ano

A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira (26) um rombo de R$ 58,44 bilhões do governo federal somente em fevereiro deste ano. Os números correspondem ao déficit primário, isto é, quando os gastos da União superam as arrecadações de impostos e tributos. Apesar dos valores terem sido corrigidos pela inflação, o déficit registrado é o maior para o mês nos últimos 28 anos.

De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, os números de fevereiro também sofreram influência pelo pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios – títulos emitidos pelo governo para o pagamento de dívidas reconhecidas judicialmente para pessoa física ou jurídica. Apesar do rombo registrado, destaca-se um aumento significativo na arrecadação tributária, atingindo um recorde histórico para o período, totalizando R$ 186,5 bilhões.

"Foi um mês atípico em função do pagamento do pagamento de mais de R$ 30 bilhões que foram antecipados em precatórios (...) Não há mais estoque de precatórios. Em julho, teremos um mapa para ser pago em 2025. Temos um saldo de Fundef, parcelado e não autorizado pagamento pelo STF. E requisições de pequeno valor, que vão sendo pagas ao longo do ano”, declarou Ceron.

O resultado primário do acumulado em 12 meses mostra um déficit de R$ 252,9 bilhões, isto é, 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). A receita líquida, que já considera transferências, foi de R$ 132,494 bilhões; as despesas totalizaram R$ 190,938 bilhões. Composto pela Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central, o governo federal, em 2023, registrou um déficit primário de R$ 40,614 bilhões.

O Tesouro Nacional alegou que nos primeiros dois meses deste ano, as contas da União apresentaram um superávit primário de R$ 20,94 bilhões. Entretanto, os números simbolizam um declínio em comparação ao mesmo período de 2023, quando foi o governo federal registrou um superávit fiscal de R$ 38,29 bilhões. A União pretende cumprir com uma das metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e zerar o rombo da dívida pública neste ano.

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