INTERNACIONAL

Governo chileno investiga sequestro de ex-militar venezuelano em Santiago

Luís Batistela · 28 de Fevereiro de 2024 às 10:03 ·

Moreno foi asilado pelo governo chileno de Gabriel Boric em 2022

O tenente do exército venezuelano e opositor da ditatura chavista, Ronald Ojeda Moreno, em 2017, fugiu da prisão de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, refugiando-se no Chile em 2019. Na última quarta-feira (21), Iván Simonovis, ex-comissário de segurança do governo interino de Juan Guaidó, alegou que agentes da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), da ditadura de Maduro, se passaram por funcionários da imigração e se infiltraram em território chileno para sequestrar Moreno.

A ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, afirmou ontem (27) que caso o militar tenha realmente sido capturado por Maduro, a ação do regime venezuelano será classificada como um “ato de agressão”.

Moreno foi acusado de traição e expulso das Forças Armadas venezuelanas. Em protesto realizado em 2022, em frente ao Palácio Presidencial do Chile, pediu o fim das negociações entre o chavismo e a oposição, tal como a libertação de presos políticos na Venezuela.

Como refugiado político, o tenente chegara ao Chile em 2019, sendo asilado pelo governo de Gabriel Boric em 2022. Na quarta-feira (21), Moreno foi retirado à força de seu apartamento, em Santiago, por quatro agentes que se passaram por policiais. O caso tornou-se um elemento de investigação pelo governo chileno.

Nesta terça, Caroline Tohá afirmou que, caso seja confirmada a autoria do regime venezuelano na operação, classificará a situação “gravíssima, sem precedentes” como um “ato de agressão”, que levará o Chile a tomar medidas jurídicas e diplomáticas cabíveis.

"Tanto o Ministério Público quanto a Polícia de Investigações, com o apoio das polícias do resguardo nas fronteiras e com o apoio da gestão governamental em termos de segurança nas fronteiras, estão focados em esclarecedor isso [o desaparecimento do militar]", destacou Tohá.

Com informações da Gazeta do Povo.

 


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