ÓDIO AOS JUDEUS

Estátua de Anne Frank é vandalizada em Amsterdã com inscrições pró-Palestina

Redação BSM · 10 de Julho de 2024 às 09:08 ·

Monumento em homenagem à vítima do Holocausto nazista é alvo de militantes. A palavra “Gaza” foi inscrita em vermelho no pedestal da obra. Vândalos atacaram outros locais e edifícios

A estátua de Anne Frank, localizada em Merwedeplein, no sul de Amsterdã, foi vandalizada na tarde de terça-feira com a palavra “Gaza” pintada em vermelho em seu pedestal. Este incidente faz parte de uma série de atos de vandalismo realizados por ativistas pró-Palestina na capital holandesa.

O monumento de bronze, que representa Anne Frank com uma mala na mão olhando para sua antiga casa no número 37, tem um profundo significado histórico e emocional. Inaugurado em 2005, ele serve como um memorial não apenas para Anne e sua família, mas também para os milhares de vizinhos judeus de Rivierenbuurt que foram vítimas do Holocausto. Jacqueline van Maarsen, amiga de infância de Anne, destacou na inauguração que Merwedeplein era “a praça dela”.

A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, expressou sua indignação com o ocorrido, classificando o ato como uma “vergonha incrível”. Ela pediu que qualquer pessoa que tenha testemunhado o vandalismo se manifeste e ajude nas investigações. Stijn Nijssen, conselheiro do VVD, e Keren Hirsch, conselheira temporária do PvdA, também condenaram a ação.

A organização pró-Israel Cidi apresentou uma denúncia formal à polícia, que já iniciou uma investigação. No entanto, a ausência de câmeras de segurança na área dificulta a identificação dos responsáveis. O distrito sul de Amsterdã enviou imediatamente o serviço de emergência para limpar o monumento, conforme relatado pelo canal AT5.

Este incidente não é isolado; outros locais e edifícios em Amsterdã também foram alvo de pichações com tinta vermelha por ativistas pró-palestinos. Entre os alvos, estavam o Maagdenhuis e várias empresas associadas a Israel. Monumentos em memória do Holocausto, como as Stolpersteine, também têm sido vandalizados desde o início do conflito na Gaza. A remoção dessas pedras de tropeço, que homenageiam as vítimas do Holocausto, provocou indignação na comunidade local, sendo vista como uma manifestação de ódio antissemita.

(Com informações de De Telegraaf e Ivan Kleber.)

 


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