Entidades globalistas lutam pelos "direitos sexuais" de crianças em idade pré-escolar
O advogado e vice-presidente de estudos jurídicos no Center for Family and Human Rights, Stefano Gennarini, inteirou que algumas organizações sem fins lucrativos, juntamente a uma rede filiada à ONU, advertem as crianças sobre as temáticas da transexualidade e aborto
Um grupo formado pela Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Nações Unidas (ONU) está promovendo o ensino de “direitos sexuais” e contraceptivos, incluindo a prática do aborto, para crianças em idade pré-escolar. Os dados foram revisados e publicados na segunda-feira (2) pelo jornal The Epoch Times. O material elaborado pelas entidades, que incentiva a atividade sexual precoce, pode ser utilizado para a normalização de atos pedofílicos.
De acordo com o jornal, o “ensino” promovido pelas entidades enfatizam o consentimento das crianças para o ato sexual precoce. Através do pretexto “educacional”, o grupo visa transformá-los em “seres sexuais”, isto é, indivíduos capazes de assimilar as conjunturas que envolvem a atividade sexual. Diante deste cenário, as entidades alegam que as crianças estarão aptas para se prevenirem e arcarem com as consequências de possíveis relações sexuais.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) – juntamente com a OMS, a ONU Mulheres e o Fundo das Nações Unidas – encomendou uma material de ensino sexual para crianças denominado “Orientações Técnicas Internacionais sobre Educação Sexual”. O documento integra a pasta Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e idealiza “equipar crianças jovens”, a partir do jardim de infância, para “desenvolver relacionamentos sociais e sexuais respeitosos”.
Em outro relatório elaborado pela agência da ONU, intitulado “A Jornada para uma Educação Sexual Abrangente”, a entidade argumenta que “são necessários esforços contínuos para garantir que a CSE [educação sexual infantil] seja obrigatória por lei e/ou política”. Defensores do projeto como a Academia Americana de Pediatria, o Comitê de Saúde do Adolescente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas e a OMS elencaram que a “educação sexual” opera no aumento da taxa de uso de preservativos e contraceptivos e, paralelamente, afasta as crianças da atividade sexual precoce.
“Defensores como a OMS dizem que as evidências mostram que os jovens são mais propensos a iniciar a atividade sexual mais tarde e a praticar sexo seguro quando estão mais bem informados sobre sexualidade (...). A Academia Americana de Pediatria elogiou a educação sexual infantil por dar às crianças e jovens acesso a uma educação adequada ao seu desenvolvimento, que aumenta as taxas de uso de contraceptivos e preservativos. O Comitê de Saúde do Adolescente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas citou estudos que demonstram que a educação sexual infantil reduz as taxas de atividade sexual, sexo desprotegido, DSTs e gravidez na adolescência”.
A IPPF também publicou um “kit de ferramentas” para auxiliar o exercício da “educação sexual” para crianças com menos de 10 anos. O material descreve que a atividade sexual pode estar ligada a diversos meios de relacionamento, como o namoro, o matrimônio e o “trabalho sexual comercial”, ou seja, a prostituição. O “kit” informa que “a atividade sexual deve ser sempre mediada pelo consentimento” onde as partes “concordam, livres de qualquer pressão, em participar de relacionamentos íntimos”. O documento, inclusive, elenca a existência de crianças que não se sentem “confortáveis em serem identificadas como masculinas ou femininas com base em seus órgãos sexuais”.
Já no “Guia dos Jovens ‘Exclamem!’ para os direitos sexuais: uma Declaração da IPPF” o grupo articulou com a ONU e a OMS para classificar os “direitos sexuais” como “direitos humanos”. O texto afirma que os “jovens são seres sexuais” e por isso necessitam de usufruir o direito de consumarem um sexo prazeroso. A IPPF defende, inclusive, que as crianças devem manter a autonomia em optarem pelo ato sexual sem a “interferência” dos pais ou responsáveis.
“Os jovens são seres sexuais. Eles têm necessidades, desejos, fantasias e sonhos sexuais. É importante que todos os jovens ao redor do mundo possam explorar, experimentar e expressar suas sexualidades de maneira saudável, positiva, prazerosa e segura (...). Uma vez que cada jovem se desenvolve em seu próprio ritmo, não há uma idade universal na qual certos direitos e proteções sexuais ganhem ou percam importância”.
A “educação sexual” e a normalização da pedofilia
Para a ex-servidora do Departamento de Educação dos Estados Unidos, Meg Kilgannon, a “educação sexual” poderá causar danos substanciais as crianças, tal como resultar na normalização da pedofilia. Kilgannon afirma que o empreendimento visa normalizar as atividades pedofílicas através da redução da idade legal para o consentimento de crianças em atos sexuais. A ex-servidora também apontou como problemática a concessão de autonomia sexual às crianças ao retirar a autoridade paterna na decisão da temática.
“Há adultos que querem ter relações sexuais com crianças, e eles estão trabalhando em grupos internacionais de direitos sexuais para fazer isso acontecer (...). Isso [a retirada da autoridade paterna] se baseia na premissa de que os pais não têm o melhor interesse de seus filhos em mente. E não há nada mais distante da verdade”, declarou Kilgannon ao The Epoch Times.
O advogado e vice-presidente de estudos jurídicos no Center for Family and Human Rights, Stefano Gennarini, inteirou que algumas organizações sem fins lucrativos, juntamente a uma rede filiada à ONU, advertem as crianças sobre as temáticas da transexualidade e aborto. Caso similar ocorre com a entidade Planned Parenthood, dos EUA, que elaborou um material intitulado “Diretrizes para uma educação sexual abrangente”, sob o lema “Educação sexual para mudança social". Gennarini afirmou que a organização instrui crianças sobre o consentimento do assassinato intrauterino de bebês, masturbação e fantasias sexuais.
No último mês, o BSM noticiou sobre o fenômeno de cooptação de crianças para a indústria pornográfica através dos NPCs. Non Playable Character (“Personagem Não Jogável”, em português) são os personagens que atuam como figurantes nos jogos eletrônicos. Com funções limitadas e repetitivas, eles servem apenas para compor um determinado cenário, passar informações ao personagem protagonista e interagir com os demais seres do jogo. Em razão do crescente interesse de jovens e adolescentes pelas tecnologias digitais, influenciadores e cosplayers resolveram transformar os NPCs em um fetiche sexual, consolidando um novo conceito de pornografia.
Tais influenciadores e cosplayers utilizam uma estratégia perniciosa de cooptação de espectadores para conteúdos lascivos, bem como para indústria pornográfica de modo geral. O Youtube serve como uma “porta de entrada”, com vídeos sexualizados de NPCs. Doravante, o espectador é encaminhado ao Instagram, onde encontrará fotos e vídeos lascivos, porém sem nudez explícita. O próximo passo é o Twitter (X), que exibe algumas mídias explícitas – criando uma espécie de portfólio do OnlyFans. Caso o espectador tenha interesse neste material, será encaminhado então ao próprio OnlyFans, com vídeos e conteúdos eróticos explícitos.
Youtube → Instagram → X (Twitter) → OnlyFans → Pornografia “usual”
Notoriamente, os trajes utilizados pelos NPCs são trivialmente reconhecidos pelo público infantil. Milhares de crianças estão habituadas em interagir com os desenhos e jogos elaborados pela indústria digital japonesa. Com o fácil acesso à internet, torna-se quase inevitável que uma criança, nos tempos atuais, não tenha entrado em contato com a indústria pornográfica. E caso não tenha entrado, os NPCs vieram garantir este primeiro contato.
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