ANÁLISE

Distopia: a inserção do Califado no Brics e as "cidades de 15 minutos"

Luís Batistela · 13 de Setembro de 2023 às 10:59 ·

No 17º episódio de Bernardo Kuster Show: Futuro distópico e ditatorial, o apresentador e diretor de opinião do jornal BSM, Bernardo Küster, entrevista o editor e escritor Alexandre Costa para uma conversa a respeito do futuro do Brics e da criação das famigeradas “Cidades de 15 ou 20 minutos”

No último mês, a cúpula do Brics anunciou que ampliará o bloco diplomático. Desta forma, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, informou que o grupo enviou convites formais para a Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A decisão por acolher nações mundialmente reconhecidas por seus regimes persecutórios, no bloco, fez com que o criador do termo, o economista britânico Jim O’Neill, declarasse que o Brics caminha para seu fim.

Entre os 6 países convidados, Egito, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos possuem o islamismo como religião predominante dentre o seu povo. Na Etiópia, os mulçumanos estão entre as três religiões mais professadas no país. Além da influência cultural, o islamismo exerce grande força nas articulações políticas nacionais e internacionais; ainda mais quando o Estado é gerenciado pelo Califado.

Por outro lado, o governo kirchnerista de Alberto Fernández possui familiaridade com Lula e o Partido dos Trabalhadores. Assim como o petista, Fernández atua na manutenção e propagação de políticas revolucionárias – principalmente na consumação de ações projetadas pelo Foro de São Paulo.

O economista e chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, Jim O'Neill – o próprio criador do termo Brics para se referir ao bloco – lamentou seu luto pelo grupo:

“Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou”.

A pauta faz parte de um plano do bloco ditatorial russo-chinês para fortalecer os Brics em oposição ao bloco G7, liderado pelos Estados Unidos da América. Diante da ambição, buscam transformar o grupo em uma aliança política e ideológica e superar o caráter meramente econômico da colaboração.

Esse contexto de atrito entre os EUA e o G7 contra Pequim e Moscou é apelidado de "Guerra Fria 2.0". Neste conflito, porém, o Brasil, sob liderança do comunista Luiz Inácio Lula da Silva, está se unindo com as maiores ditaduras do mundo para se opor aos Estados Unidos e nações democráticas ocidentais

Até o presente momento, o grupo é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. É no mínimo estranho que as nações do grupo, que autodenominam-se governos democráticos, acolham no bloco países regidos pelo califado e pelo kirchnerismo de Alberto Fernández.

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No 17º episódio de Bernardo Kuster Show: Futuro distópico e ditatorial, o apresentador e diretor de opinião do jornal BSM, Bernardo Küster, entrevista o editor e escritor Alexandre Costa para uma conversa a respeito do futuro do Brics e da criação das famigeradas “Cidades de 15 ou 20 minutos”.

O recente projeto civilizacional pretende reunir em bairros ou distritos todos os estabelecimentos "necessários” para que os habitantes possam acessá-los sem o uso de veículos poluentes, em menos de 20 minutos a pé ou de bicicleta, por exemplo. Certamente uma forma de restringir os indivíduos em determinados espaços.

Similarmente a este empreendimento, a Arábia Saudita, em 2022, iniciou a construção de uma megalópole vertical intitulada The Line: uma cidade planejada com 170 quilômetros de comprimento, 200 metros de largura e 500 metros de altura. Neste projeto, o morador também estaria a mais ou menos 20 minutos de distância de qualquer serviço considerado necessário.

“É um conceito conhecido como Zero Gravity Urbanism. Diferente de apenas edifícios altos, este conceito sobrepõe parques públicos e áreas de pedestres, escolas, residências e locais de trabalho, para que a pessoa possa atender a todas as necessidades diárias em cinco minutos”, diz a apresentação do empreendimento.

Quer saber mais? Assista agora o 17º episódio “Bernardo Kuster Show: Futuro distópico e ditatorial”, uma entrevista concedida pelo escritor Alexandre Costa ao apresentador Bernardo Küster.

 

 


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