Diretora do Serviço Secreto deverá alegar à Câmara dos Representantes que a agência falhou na proteção de Trump
"O que aconteceu é um incidente terrível e nunca deveria acontecer. E obviamente vamos garantir que, no futuro, aproveitemos todas as lições que surgirem disso e nos ajustemos de acordo” disse Cheatle em entrevista à CNN.
A diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, deverá alegar ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes nesta segunda-feira (22) que a agência falhou na proteção de Donald Trump durante o comício na Pensilvânia. Em entrevista na última terça-feira (16) à jornalista Whitney Wild, da CNN, Cheatle afirmou que o Serviço Secreto foi totalmente “responsável pela elaboração, implementação e execução [da segurança] do local” onde estava o ex-presidente. Espera-se que, na Câmara, a diretora seja questionada sobre o desempenho da agência sob sua supervisão.
De acordo com a CNN, os congressistas esperam que Cheatle diga algo como “a agência deve saber o que aconteceu e moverei céus e terra para garantir que um incidente como o de 13 de julho não aconteça novamente. Pensar no que deveríamos ter feito de diferente nunca está longe dos meus pensamentos” e, adiante, assuma o fracasso do Serviço Secreto ao não conseguir barrar Thomas Matthew Crooks que, de cima de um telhado a cerca de 120 metros do palco, efetuou disparos com arma de fogo na tentativa de assassinar Trump.
Hoje, o presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, declarou que Kimberly Cheatle deveria renunciar ao cargo em razão da gravidade do erro cometido. “O Serviço Secreto tem uma missão de falha zero, mas falhou em 13 de julho e nos dias que antecederam o comício (...). O resultado final é que, sob a liderança da Diretora Cheatle, questionamos se alguém está seguro. Nem o presidente Biden, nem a primeira-dama, nem a Casa Branca, nem os candidatos presidenciais”, afirmou.
Anteriormente, em uma entrevista à ABC News, Cheatle havia informado que a polícia local era responsável pela segurança do prédio em que Crooks estava alojado. “O que eu estava tentando enfatizar é que simplesmente dividimos as áreas de responsabilidade e eles forneceram apoio a essas áreas de responsabilidade (...). [A agência] não poderia fazer nosso trabalho sem eles (...). Há coisas que precisamos mudar em nossas políticas, ou em nossos procedimentos, ou em nossos métodos, certamente o faremos”, disse.
Questionada por Wild se o perímetro do evento era muito pequeno, a diretora respondeu que o Serviço Secreto “abrangeu a área que precisávamos para proteger o evento que tivemos naquele dia”. “O que aconteceu é um incidente terrível e nunca deveria acontecer. E obviamente vamos garantir que, no futuro, aproveitemos todas as lições que surgirem disso e nos ajustemos de acordo”.
Com informações da CNN Brasil.
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