SEXUALIZAÇÃO

Diretora de creche municipal do Rio dança funk "Toma Rajadão" com crianças; ela e mais 4 foram afastadas em 2 dias

Redação BSM · 31 de Agosto de 2023 às 15:43 ·

A diretora publicou o vídeo dançando com as crianças em sua conta no Instagram

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro afastou na quarta-feira (31) a diretora da creche municipal Luiza Barro de Sá Freire, na Zona Norte do RJ, por dançar funk com conotação sexual com crianças pequenas. Fernanda Alvarenga publicou um vídeo mostrando o momento na sua conta do Instagram. Nas imagens, é possível ver a então diretora incitando as crianças a dançarem a música intitulada "Toma Rajadão", de Pedro Sampaio e DJ Thaysa Maravilha. 

"Rajadão" é uma gíria carioca para disparos de fuzis e metralhadoras. A letra também traz referências sexuais: "Vai bate, vai bate Com a bunda no calcanhar". O caso foi revelado pelo site Diário do Rio. Assista:

Entre terça e quarta-feira, cinco diretoras da rede municipal de ensino do Rio foram afastadas. As quatro primeiras por permitirem apresentação de outra música de funk, intitulada "Cavalo Tarado", da Companhia Suave. Além da encenação bizarra, com uma mulher com uma cabeça de cavalo dançando junto com um homem de maneira sexualizada, também chamou a atenção a letra pornográfica do funk:

"Vem mulher, vem galopando
Que o cavalo está gostando
Cavalo ficou danado
Galopa de frente, galopa de lado
Ela vai para frente, tomba e tomba
Ela vai para trás, tomba e tomba
Galopa, galopa, senta e rebola
Olha os cavalos no sítio
Faz a posição e joga o bumbum para o negão
que o cavalo é danadão"

A Companhia Suave recebeu R$ 50 mil em subvenção da Secretaria municipal de Cultura por cinco shows, sendo quatro em escolas. A Prefeitura alega que não sabia do teor das apresentações. As diretoras afastadas também responderão sindicância pelo caso.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, afirmou que medidas serão tomadas e que os casos são exceções. "Tomei conhecimento do vídeo no inicio da tarde. E como nos outros casos, a diretora foi afastada e responderá a sindicância. O entendimento é que isso inclusive fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA ). Mas também é preciso deixar claro que esses casos são exceções. Na rede, temos mais de 4 mil diretores e diretores assistentes".

 

 

 


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