Chefe do MP da Venezuela anuncia investigação contra María Corina Machado, líder da oposição a Maduro
María Corina Machado é acusada de tentar fraudar as atas da eleição
Após o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ser anunciado como vitorioso nas eleições presidenciais, o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira (29) que María Corina Machado, líder da oposição, está sendo investigada por suposta tentativa de fraude no sistema eleitoral. Ele a acusa de ter adulterado as atas da eleição, similares aos boletins de urna do Brasil. A oposição, por sua vez, diz que foi Maduro que fraudou as eleições para declarar vitória.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que é liderado por um aliado do ditador venezuelano, informou que Maduro recebeu 51,2% dos votos, enquanto seu principal concorrente, Edmundo González, teria tido 44%.
A última atualização da contagem dos votos foi na madrugada desta segunda, quando o site do CNE saiu do ar. Os números ainda podem mudar, mas o órgão já declarou a vitória do ditador.
O chefe do MP disse que o sistema responsável pelas eleições venezuelanas sofreu uma tentativa de hackeamento, originada na Macedônia do Norte. "Felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados. Queriam adulterar as atas. Segundo a informação classificada que recebemos, o principal envolvido nesse ataque seria o cidadão Lester Toledo, tristemente célebre fugitivo da justiça que se encontra no exterior. Junto a ele, aparecem como envolvidos o fugitivo da justiça venezuelana Leopoldo López e María Corina Machado. Os fiscais estão recolhendo os elementos de convicção dessas ações que tentaram adulterar os resultados", alega Saab.
Ele também negou irregularidades no resultado das eleições. "Quando ganham uma eleição, essas eleições são válidas, mas quando perdem, [dizem que] houve fraude" (...) O país está cansado desse circo criminoso", concluiu.
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