CONGRESSO NACIONAL

CCJ aprova novas penalidades para invasores de terra

Redação BSM · 24 de Abril de 2024 às 08:14 ·

O projeto está sob análise em caráter de urgência e poderá ser votado em breve pelo Plenário da Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que propõe restrições e impedimentos para aqueles que invadem ilegalmente propriedades rurais e urbanas. A proposta, aprovada por 38 votos a 8, é um substitutivo ao Projeto de Lei 709/23 apresentado pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS), elaborado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP) com contribuições de outras propostas relacionadas.

Segundo o texto aprovado, aqueles que cometerem crimes de invasão de domicílio ou esbulho possessório (invadir propriedade alheia com violência à pessoa ou grave ameaça, ou com o concurso de mais de duas pessoas) enfrentarão as seguintes restrições:

  • Não poderão contratar com o poder público em nenhuma esfera federativa;
  • Ficam impedidos de inscrever-se em concursos públicos ou processos seletivos para cargos, empregos ou funções públicas;
  • Não serão nomeados para cargos públicos comissionados;
  • Não terão acesso a auxílios, benefícios e outros programas do governo federal.

Essas restrições têm vigência de oito anos a partir da condenação definitiva. Além disso, caso o condenado já esteja recebendo benefícios do governo, tenha contratos com o poder público federal ou ocupe cargos públicos efetivos ou comissionados, ele será desvinculado compulsoriamente, respeitando-se o direito ao contraditório e à ampla defesa.

O texto foi ajustado por Ricardo Salles para incluir aqueles que invadem terrenos públicos ou privados com o objetivo de pressionar por reforma agrária ou demarcação de terras indígenas.

"É inaceitável que indivíduos que desrespeitam a ordem jurídica e promovem invasões ilegais sejam beneficiados por programas assistenciais financiados pelo governo, pois isso implicaria em um incentivo à perpetuação dessas condutas delituosas” disse Salles.

“Além disso, as invasões de propriedades particulares acarretam prejuízos não apenas aos proprietários, mas também à economia e à segurança jurídica do País” argumentou o relator da proposta.

O projeto está sob análise em caráter de urgência e poderá ser votado em breve pelo Plenário da Câmara.

 


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