Brasil e outros 12 países assinam criação da Ameripol, a "polícia do Foro de SP"
Com a participação de 36 forças policiais de 30 países americanos e 31 membros observadores representando organizações internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes, a Ameripol é defendida por desempenhar um papel "no combate aos crimes transnacionais"
No Palácio da Justiça, sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi oficializada a assinatura do Tratado de Brasília, conferindo personalidade jurídica internacional à Ameripol, a Comunidade de Polícias das Américas. O fortalecimento da cooperação e intercâmbio de informações entre as polícias e forças de segurança dos países das Américas é preocupante e já está sendo chamado de "Gestapo" do Foro de SP.
A oficialização ocorreu na quinta-feira (9).
Desde 2007, a Ameripol desempenha um papel como organismo de "cooperação policial internacional", dedicado ao intercâmbio de informações, execução de operações conjuntas e ao aprimoramento das capacidades de seus membros. Com a participação de 36 forças policiais de 30 países americanos e 31 membros observadores representando organizações internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes, a Ameripol é defendida por desempenhar um papel "no combate aos crimes transnacionais". Apesar disso, a Ameripol não possuia constituição jurídica.
Com a assinatura do Tratado de Brasília, a Ameripol alcança reconhecimento formal como uma organização internacional, consolidando sua atuação no cenário global de segurança.
A "polícia das Américas" será sediada em Bogotá, Colômbia, "a maior exportadora de cocaína do mundo". A sede é dita por eles como um ponto estratégico para coordenar esforços no combate a crimes que "ultrapassam fronteiras nacionais".
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que foi o anfitrião do evento, destacou a "necessidade de cooperação" entre os países americanos no que diz respeito às forças de segurança.
“Os crimes e a resposta institucionalizada a eles sempre fizeram parte da humanidade. Precisamos do Estado, das leis. É impossível separar a existência humana do monopólio do uso legitimo da força. Sei como é difícil ser profissional de segurança pública. Estamos tratando de uma instância que atua preventivamente, mas que também atua quando todas as outras instâncias sociais falham. Daí a primazia e o direito à segurança”, explicou Flávio Dino.
Flávio Dino também ressaltou supostos resultados positivos da reunião da Ameripol em Brasília, destacando a presença dos nove países no âmbito do Mercosul e a aprovação de propostas para agilizar a cooperação jurídica em matéria civil e penal.
“A reunião da Ameripol em Brasília é um sucesso, na medida em que no âmbito do Mercosul temos a presença de nove países e houve a aprovação de praticamente todas as nossas propostas voltadas à agilização da cooperação jurídica em matéria civil e em matéria penal. Isso é muito importante em relação à simplificação de ações, transmissão eletrônica e plataforma digital. E vai melhorar a vida dos cidadãos e o funcionamento das instâncias de segurança pública no âmbito do Mercosul”, explicou o ministro Flávio Dino.
Lista dos países que assinaram a Ameripol:
- Argentina;
- Bolívia;
- Chile;
- Colômbia;
- Costa Rica;
- Equador;
- Haiti;
- Honduras;
- Panamá;
- Paraguai;
- República Dominicana;
- Uruguai.
Dos 12 países que assinaram o documento, 11 fazem parte do grupo de extrema-esquerda Foro de São Paulo.
O Foro de São Paulo
Por Olavo de Carvalho:
“O Foro de São Paulo foi fundado em 1990 por Lula, Fidel Castro e Frei Betto.
A idéia parece ter sido originalizada por Frei Betto que passou para o Lula, este informou o Fidel Castro que adorou o propósito.
O objetivo era articular todas as organizações de esquerda e restaurar o movimento comunista na América Latina que – àquela altura – estava em crise devido à queda da União Soviética.
Após o 15º aniversário do Foro de SP, o grupo já possuía mais de 200 organizações que pertenciam a ele, dentre as quais tinham partidos políticos, coligações terroristas e narcotraficantes, todos misturados numa suruba política dos demônios.
Então dizer que não há associação entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) é mentira. Pois se não há associação eles não iriam realizar uma assembleia juntos e tomar decisões conjuntas assinando solidariamente.
A existência da conexão entre o PT e FARCs está documentada nas atas do FSP assinadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
O Foro de São Paulo é uma coalizão de mais de 100 partidos e organizações de esquerda na América Latina. Recentemente, realizou seu encontro geral em Brasília, consolidando-se como autoridade central das reuniões. Entre os encontros, um Grupo Executivo representa o Foro, reunindo-se regularmente, enquanto um Secretariado Executivo também exerce papel importante.
Atualmente, membros do Foro de São Paulo governam 13 países da América Latina. São eles:
- Argentina – Alberto Fernández (Partido Justicialista/Frente de Todos);
- Bolívia – Luis Arce (Movimento pelo Socialismo);
- Brasil – Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores/Brasil de Esperança);
- Chile – Gabriel Boric (Apruebo Dignidad);
- Colômbia – Gustavo Petro (Pacto Histórico pela Colômbia);
- Cuba – Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista de Cuba);
- República Dominicana – Luis Abinader (Partido Revolucionário Moderno);
- Honduras – Xiomara Castro (Liberdade e Refundação);
- México – Andrés Manuel López Obrador (Movimento de Regeneração Nacional);
- Nicarágua – Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional);
- Panamá – Laurentino Cortizo (Partido Revolucionario Democrático);
- Santa Lúcia – Philip J. Pierre (Partido Trabalhista de Santa Lúcia);
- Venezuela – Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela).
“O Fórum de São Paulo representa a esperança e a maior trincheira de luta das forças, movimentos, grupos e partidos políticos da América Latina, do Caribe e do mundo. A partir de agora, nos preparamos para traçar uma estratégia de trabalho para nosso próximo encontro”, disse o ditador Nicolás Maduro, pelo Twitter.
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