GESTAPO DO FORO DE SP

Brasil e outros 12 países assinam criação da Ameripol, a "polícia do Foro de SP"

Rhuan C. Soletti · 10 de Novembro de 2023 às 09:44 ·

Com a participação de 36 forças policiais de 30 países americanos e 31 membros observadores representando organizações internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes, a Ameripol é defendida por desempenhar um papel "no combate aos crimes transnacionais"

No Palácio da Justiça, sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi oficializada a assinatura do Tratado de Brasília, conferindo personalidade jurídica internacional à Ameripol, a Comunidade de Polícias das Américas. O fortalecimento da cooperação e intercâmbio de informações entre as polícias e forças de segurança dos países das Américas é preocupante e já está sendo chamado de "Gestapo" do Foro de SP.

A oficialização ocorreu na quinta-feira (9).

Desde 2007, a Ameripol desempenha um papel como organismo de "cooperação policial internacional", dedicado ao intercâmbio de informações, execução de operações conjuntas e ao aprimoramento das capacidades de seus membros. Com a participação de 36 forças policiais de 30 países americanos e 31 membros observadores representando organizações internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes, a Ameripol é defendida por desempenhar um papel "no combate aos crimes transnacionais". Apesar disso, a Ameripol não possuia constituição jurídica.

Com a assinatura do Tratado de Brasília, a Ameripol alcança reconhecimento formal como uma organização internacional, consolidando sua atuação no cenário global de segurança.

A "polícia das Américas" será sediada em Bogotá, Colômbia, "a maior exportadora de cocaína do mundo". A sede é dita por eles como um ponto estratégico para coordenar esforços no combate a crimes que "ultrapassam fronteiras nacionais".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que foi o anfitrião do evento, destacou a "necessidade de cooperação" entre os países americanos no que diz respeito às forças de segurança.

“Os crimes e a resposta institucionalizada a eles sempre fizeram parte da humanidade. Precisamos do Estado, das leis. É impossível separar a existência humana do monopólio do uso legitimo da força. Sei como é difícil ser profissional de segurança pública. Estamos tratando de uma instância que atua preventivamente, mas que também atua quando todas as outras instâncias sociais falham. Daí a primazia e o direito à segurança”, explicou Flávio Dino.

Flávio Dino também ressaltou supostos resultados positivos da reunião da Ameripol em Brasília, destacando a presença dos nove países no âmbito do Mercosul e a aprovação de propostas para agilizar a cooperação jurídica em matéria civil e penal.

“A reunião da Ameripol em Brasília é um sucesso, na medida em que no âmbito do Mercosul temos a presença de nove países e houve a aprovação de praticamente todas as nossas propostas voltadas à agilização da cooperação jurídica em matéria civil e em matéria penal. Isso é muito importante em relação à simplificação de ações, transmissão eletrônica e plataforma digital. E vai melhorar a vida dos cidadãos e o funcionamento das instâncias de segurança pública no âmbito do Mercosul”, explicou o ministro Flávio Dino. 

Lista dos países que assinaram a Ameripol:

  • Argentina; 
  • Bolívia; 
  • Chile; 
  • Colômbia; 
  • Costa Rica; 
  • Equador; 
  • Haiti; 
  • Honduras; 
  • Panamá; 
  • Paraguai; 
  • República Dominicana;
  • Uruguai. 

Dos 12 países que assinaram o documento, 11 fazem parte do grupo de extrema-esquerda Foro de São Paulo.

O Foro de São Paulo

Por Olavo de Carvalho:

“O Foro de São Paulo foi fundado em 1990 por Lula, Fidel Castro e Frei Betto.

 A idéia parece ter sido originalizada por Frei Betto que passou para o Lula, este informou o Fidel Castro que adorou o propósito.

O objetivo era articular todas as organizações de esquerda e restaurar o movimento comunista na América Latina que – àquela altura – estava em crise devido à queda da União Soviética.

Após o 15º aniversário do Foro de SP, o grupo já possuía mais de 200 organizações que pertenciam a ele, dentre as quais tinham partidos políticos, coligações terroristas e narcotraficantes, todos misturados numa suruba política dos demônios.

Então dizer que não há associação entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) é mentira. Pois se não há associação eles não iriam realizar uma assembleia juntos e tomar decisões conjuntas assinando solidariamente.

A existência da conexão entre o PT e FARCs está documentada nas atas do FSP assinadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

Reprodução

O Foro de São Paulo é uma coalizão de mais de 100 partidos e organizações de esquerda na América Latina.  Recentemente, realizou seu encontro geral em Brasília, consolidando-se como autoridade central das reuniões. Entre os encontros, um Grupo Executivo representa o Foro, reunindo-se regularmente, enquanto um Secretariado Executivo também exerce papel importante.

Atualmente, membros do Foro de São Paulo governam 13 países da América Latina. São eles:

  • Argentina – Alberto Fernández (Partido Justicialista/Frente de Todos);
  • Bolívia – Luis Arce (Movimento pelo Socialismo);
  • Brasil – Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores/Brasil de Esperança);
  • Chile – Gabriel Boric (Apruebo Dignidad);
  • Colômbia – Gustavo Petro (Pacto Histórico pela Colômbia);
  • Cuba – Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista de Cuba);
  • República Dominicana – Luis Abinader (Partido Revolucionário Moderno);
  • Honduras – Xiomara Castro (Liberdade e Refundação);
  • México – Andrés Manuel López Obrador (Movimento de Regeneração Nacional);
  • Nicarágua – Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional);
  • Panamá – Laurentino Cortizo (Partido Revolucionario Democrático);
  • Santa Lúcia – Philip J. Pierre (Partido Trabalhista de Santa Lúcia);
  • Venezuela – Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela).

“O Fórum de São Paulo representa a esperança e a maior trincheira de luta das forças, movimentos, grupos e partidos políticos da América Latina, do Caribe e do mundo. A partir de agora, nos preparamos para traçar uma estratégia de trabalho para nosso próximo encontro”, disse o ditador Nicolás Maduro, pelo Twitter. 


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