Bispos católicos condenam o aborto e relembram a pena de excomunhão
"É preciso dizer as coisas com clareza: o aborto nada mais é do que o homicídio voluntário de um inocente. E quem nele participa incorre na excomunhão [...]", afirmou o bispo de Frederico Westphalen (RS), dom Antonio Carlos Rossi Keller
Diante da possível legalização do aborto com o julgamento da ADPF 442 no Supremo Tribunal Federal (STF), alguns bons bispos católicos do Brasil relembram a posição da Igreja diante da questão e a punição imediata àqueles que defendem ou praticam o aborto: a excomunhão.
O bispo de Frederico Westphalen (RS), dom Antonio Carlos Rossi Keller, em nota pastoral sobre o aborto, publicada no útimo sábado (16), afirmou que diante ele não pode se calar diante das tentativas do STF em implantar regras que tornam mais flexíveis as possibilidades de realização de abortos.
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Segundo o sacerdote cristão, “é preciso recordar, agora com maior claridade, que o juízo da Igreja Católica em relação ao aborto querido, buscado e realizado não foi modificado, pois o papa são Paulo VI, na Encíclica Humanae Vitae” afirmou: “Conforme estes pontos essenciais da visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas”.
No comunicado, dom Antonio Carlos Rossi Keller relembra o claro ensinamento da igreja sobre o aborto.
"É preciso dizer as coisas com clareza: o aborto nada mais é do que o homicídio voluntário de um inocente. E quem nele participa incorre na excomunhão latae sententiae, que significa que a própria pessoa se coloca em um estado de separação grave da comunhão eclesial, ainda que seja necessário avaliar o grau individual de responsabilidade”, afirmou.
Ainda, o bispo fez questão de ressaltar que “tal posicionamento severo do Magistério da Igreja, em relação ao aborto, não é uma contradição à sua pregação de misericórdia e perdão. A razão pela qual a Igreja considera excluído dela a quem realiza, sustenta ou apoia o aborto está em coerência com seu ensinamento moral”.
Outro bispo que se manifestou nesse sentido foi o Dom Devair Araújo da Fonseca, de Piracicaba. "Nós somos católicos e nós temos, no catecismo da Igreja Católica, o resumo daquilo que é nossa fé.", lembrou o sacerdote.
"A vida começa na concepção e nós, católicos, defendemos isso desde o princípio da igreja [...] O aborto tem uma pena, porque sua consequência não pode ser revertida. Não se pode voltar atrás na morte de uma criança. Por isso, tem uma pena. E a pena para quem pratica voluntariamente é a excomunhão. Precisa ficar muito claro isso!", disse em sua mensagem contra o aborto, publicada nas redes sociais de sua diocese.
"E quem ajuda outra pessoa a praticar o aborto, incorre na mesma penalidade. Está no catecismo da Igreja Católica.", frisou.
Veja a declaração de Dom Devair Araújo da Fonseca :
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