DESGOVERNO LULA

Apenas 4 imagens de 185 câmeras do Palácio da Justiça foram entregues por Dino

Rhuan C. Soletti · 1 de Setembro de 2023 às 10:04 ·

Duas das câmeras tiveram suas imagens disponibilizadas à CPMI na semana anterior, enquanto as outras duas foram entregues na noite de quinta-feira (31)

O Ministério da Justiça, chefiado por Flavio Dino, com um total de 185 câmeras de segurança em suas instalações, forneceu apenas imagens de quatro delas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Todas as cenas gravadas no circuito interno do MJSP são, supostamente, automaticamente apagadas após 15 dias – exceto as 4.

Duas das câmeras tiveram suas imagens disponibilizadas à CPMI na semana anterior, enquanto as outras duas foram entregues na noite de quinta-feira (31). Essas novas imagens mostram Ricardo Capelli, nomeado interventor de segurança pública do Distrito Federal no mesmo dia do evento em questão.

A dúvida que paira entre opositores do governo é a seguinte: por que o sistema de auto-exclusão dos arquivos nunca foi mencionado em todos os três meses de investigação, além de não ter excluído várias gravações que constituíram as "incriminações" ao GSI?

É curioso que o sistema de segurança do Palácio do Planalto não funcione da mesma maneira, já que as gravações que mostram o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, auxiliando os invasores, foram vazadas no dia 19 de abril deste ano, 86 dias após a suposta exclusão automática das imagens do Ministério da Justiça.

Quanto ao total de 185 câmeras, o jornal Estadão relata que esse número está registrado em documentos internos do ministério, incluindo o contrato com a empresa encarregada do sistema de vigilância.

Se as imagens de duas câmeras do circuito interno do ministério do dia dos ataques ainda estão disponíveis, por que essas também não foram eliminadas após os 15 dias estabelecidos?

Flávio Dino alegou que o sistema de vigilância do Palácio da Justiça tem capacidade de armazenamento limitada a menos de 30 dias, como estipulado no contrato com a prestadora de serviços de manutenção do circuito de câmeras. No entanto, até o momento, ele não esclareceu por que, dada a gravidade dos eventos, não armazenou todas as imagens desde o início.

O Ministério da Justiça afirmou que as "autoridades" selecionaram e preservaram apenas as imagens consideradas "importantes" para as investigações em andamento. Todavia, o sistema em uso no Ministério da Justiça tem a capacidade de recuperar imagens gravadas em dias anteriores.

Além disso, ao contrário do que Dino alega, o contrato com a empresa de manutenção das câmeras de circuito fechado de TV não especifica o período em que as imagens devem ser mantidas antes de serem apagadas automaticamente.

Em resposta às críticas, Flávio Dino se pronunciou em seu perfil do Twitter (X), enumerando uma série de afirmações:

"1. Tentaram fraudar a eleição de 2022 para ficar no poder. Ainda assim, perderam. 2. Tentaram dar um golpe de estado entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Perderam novamente. 3. Tentaram explodir o aeroporto de Brasília e matar centenas de pessoas. Não conseguiram. Essas são verdades comprovadas. Não adianta ficar inventando ‘fatos’ para encobrir tais verdades. E vamos seguir governando e cuidando da população. Muito trabalho para reconstruir o Brasil", publicou.


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