Advogados de Mauro Cid solicitam revogação de prisão do militar
Os advogados argumentam em sua petição que o vazamento dos áudios não prejudicou as investigações e, portanto, a manutenção da prisão é desnecessária.
Na solicitação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados do tenente-coronel Mauro Cid solicitaram a revogação de sua prisão preventiva. Cid retornou à detenção há um mês, após expressar críticas ao ministro e discutir o acordo de delação premiada que firmou com a Polícia Federal, conforme áudios divulgados pela revista Veja.
Segundo as gravações, o militar afirmou ter sido pressionado pela PF a relatar eventos dos quais não tinha conhecimento ou "que não aconteceram". Ele também declarou que Moraes tem uma "narrativa pronta" e estaria apenas esperando o momento oportuno para "prender todo mundo".
De acordo com a CNN Brasil, os advogados argumentam em sua petição que o vazamento dos áudios não prejudicou as investigações e, portanto, a manutenção da prisão é desnecessária.
Em sua convocação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de março para esclarecer a divulgação dos áudios, o tenente-coronel confirmou que a voz nas gravações era dele, mas frisou que se tratava de uma conversa "particular, sem a intenção de ser exposta em uma revista de grande circulação".
Durante o depoimento, Cid negou ter sido coagido pela Polícia Federal e reafirmou seu desejo de "manter o acordo de colaboração premiada" nos "exatos termos" em que foi firmado. Ele explicou que o áudio foi uma forma de "desabafo", porém não revelou o destinatário da mensagem.
Após essa oitiva, Moraes determinou a prisão preventiva do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares e obstrução da Justiça, resultando na detenção de Cid após sua saída do Supremo.
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