POLÍTICA

TSE remarca julgamento de Jorge Seif para a próxima semana

Luís Batistela · 26 de Abril de 2024 às 08:43 ·

A coligação acusa o senador de cometer abuso de poder econômico nas eleições de 2022. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) remarcou o julgamento que poder resultar na cassação do mandato do senador Jorge Seif para a próxima terça-feira (30). O TSE analisará a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) de Santa Catarina que rejeitou a acusação da Coligação Bora Trabalhar (Patriota, PSD e União Brasil) de que Seif havia cometido abuso de poder econômico nas eleições de 2022. A votação, que inicialmente fora marcada para 16 de abril, teve de ser adiada em função de problemas familiares do relator Floriano de Azevedo Marques.

Os ministros Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Maria Isabel Galloti, Raul Araújo, André Ramos Tavares e Alexandre de Moraes, presidente do TSE, votarão no julgamento na próxima semana. Em sua decisão, o TRE-SC ponderou que a coligação havia praticado litigância de má-fé, isto é, adotado condutas desonestas ou impróprias no processo judicial, para denegrir a imagem de Seif e obter vantagens no caso.

Além do senador, a ação foi instaurada contra seus suplentes Hermes Klann e Adrian Rogers Censi, o empresário Luciano Hang, proprietário da Havan, e Almir Manoel Atanázio dos Santos, presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista. As acusações giram em torno da suposta interferência dos empresários na campanha eleitoral de 2022.

 “Houve um abuso de um aparato impactante, como o uso de uma aeronave da Havan para auxiliar no deslocamento do candidato nas agendas de campanha, o uso da estrutura da agência da empresa para divulgar os eventos de campanha, o uso de salas da empresa para gravar vídeos de campanha”, defendeu a coligação.

Entre as práticas contestadas estão: a utilização da estrutura e equipe da Havan para a campanha; o uso de um helicóptero cedido por um empresário para participação em eventos de campanha; e a veiculação de propaganda eleitoral financiada pelo Sindicato. A coligação pleiteia a cassação do mandato e a inelegibilidade da chapa.

 


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