VÍRUS CHINÊS

Vidas humanas importam? Células fetais para vacinas e seu dilema ético

Cristian Derosa · 25 de Julho de 2020 às 15:04 ·

Deixado de lado há vários anos, o dilema ético envolvendo o uso de linhas celulares de fetos abortados expõe o risco de colaboração com a imensa e sanguinária indústria do aborto, especialmente após o escândalo de 2015, envolvendo a maior clínica de aborto dos EUA, a Planned Parenthood

O uso de células provenientes de fetos abortados para a produção de linhas celulares usadas em vacinas já constitui um dilema ético há vários anos. Recentemente, o site Life Site News e outros sites pró-vida denunciaram o uso dessa linha de células para a produção das vacinas contra a Covid-19, o que cria um impasse para o qual a sociedade contemporânea definitivamente não parece estar preparada. Afinal, o medo da doença vem produzindo uma espécie de cegueira moral.

Agora, vacinas que utilizam esse tipo de linhas celulares já estão sendo testadas em São Paulo, com o financiamento da Fundação Lemann ao desenvolvimento da vacina de Universidade de Oxford.

Enquanto os jornais e entidades internacionais colocam-se na posição “em favor das vidas”, referindo-se à possibilidade das mortes pela doença, parece pequeno o problema da origem do material genético utilizado. Mas não se trata de mero material genético, e sim de vidas humanas que se tornam objeto de cobiça para o uso pela indústria de soluções para as doenças.

É importante destacar que, em tese, abortos não são mais feitos necessariamente para a coleta de células para vacinas hoje em dia. Ao menos não assumidamente. As principais linhas celulares utilizadas foram criadas em laboratório a partir do material extraído em dois abortos provocados, um em 1972 e outro em 1985. Usar este material é uma forma clara de dar apoio à forma como é produzido. O problema se amplia se considerarmos que nos países onde o aborto é legalizado, o dilema ético pode ser facilmente relativizado, embora a prática para uso científico ainda seja considerada antiética e ilegal...

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