Sob o comando de Lula, Brasil se abstém na OEA de cobrar transparência da Venezuela
Os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai foram os principais apoiadores da resolução, que pedia, entre outras coisas, que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgasse as atas eleitorais
Sob o comando de Lula (PT) o Brasil, junto com outros 10 países, optou pela abstenção na votação da resolução proposta pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre os resultados das eleições na Venezuela, na quarta-feira (31).
A resolução recebeu 17 votos a favor, nenhum contra, 11 abstenções e 5 ausências, o que impediu a obtenção da maioria absoluta necessária para sua aprovação, resultando em sua rejeição.
“Como muitos sabem, tivemos uma reunião informal com os membros do Conselho Permanente. Chegamos a um acordo em relação a quase tudo, menos a uma frase de um parágrafo”, disse Ronald Sanders, embaixador extraordinário de Antígua e Barbuda e presidente do conselho.
“Sinto muito que uma frase nos impeça de chegar a um consenso. Entendo que a questão na Venezuela é um tema delicado, e cada Estado o aborda de forma diferente”, disse.
Os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai foram os principais apoiadores da resolução, que pedia, entre outras coisas, que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgasse as atas eleitorais.
Essas eleições resultaram na suposta vitória de Nicolás Maduro (do Partido Socialista Unido da Venezuela) contra Edmundo González (da Plataforma Unitária Democrática).
A resolução solicitava a divulgação imediata dos resultados por mesa eleitoral e uma verificação completa na presença de observadores independentes para assegurar a transparência e a legitimidade do processo eleitoral. Além disso, destacava a importância de proteger os direitos humanos na Venezuela, a integridade dos equipamentos e documentos eleitorais, e a segurança das instalações diplomáticas e do pessoal no país.
No dia 30 de julho, a OEA publicou um relatório que não reconheceu a vitória de Maduro, afirmando que houve indícios de distorção nos resultados, incluindo atrasos na divulgação dos mesmos.
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