São Paulo irá prolongar o Carnaval de rua apesar do avanço de casos de covid-19
Blocos irão desfilar em meados de julho em São Paulo, mês em que pacientes com doenças respiratórias e viroses costumam encher os hospitais
Quem acompanhou os desgastantes dias de inquisição protagonizados pelos senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros na CPI da pandemia, não se surpreendeu nem um pouco com o relatório que apontou Jair Bolsonaro como autor de nove crimes contra a população incluindo de homicídio qualificado.
Apesar de a grave acusação ter sido retirada do documento aos 45 minutos do segundo tempo, ficou escancarada a intenção da comissão de imputar toda a culpa das mortes causadas pela covid-19 desde março de 2020 ao presidente da República.
Seis meses depois – quando o número de casos da doença já voltava a incomodar – prefeitos e governadores de todo o país olharam para os cofres públicos vazios e não hesitaram em promover desfiles e blocos carnavalescos em um deslocado fim de abril.
Aparentemente insatisfeitos com a festa que costuma aglomerar milhares de foliões, alguns políticos optaram por esticar as comemorações em 2022.