Requerimento de acareação entre Bolsonaro e Mauro Cid poderá não ser analisado pela CPMI
Outros 12 requerimentos de acareação estão na fila para serem analisados pela CPMI, que está prestes a ser encerrada nos próximos dias
Devido a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro estar se encaminhando para a reta final, a acareação de Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, corre o risco de não ser analisada pela Comissão.
O documento visa apurar a verdade por meio de testemunhas, confronto entre as partes e outros participantes envolvidos no caso. O requerimento foi protocolado pela relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama.
Esta é a primeira solicitação de acareação acionada contra Jair Bolsonaro pela CPMI.
Anteriormente, já haviam sido feitos outros pedidos de acareação contra algumas figuras envolvidas na investigação, como o General Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete Institucional de Luiz Inácio Lula da Silva, a deputada federal Carla Zambelli, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, e o hacker da "Vaza Jato" Walter Delgatti Júnior.
Outros 12 requerimentos de acareação estão na fila para serem analisados pela CPMI, que está prestes a ser encerrada nos próximos dias. Até o momento, nenhum requerimento foi aprovado pela Comissão. A anuência ao pedido contra Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens é algo inédito na CPMI.
Na última quinta-feira (14), o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, afirmou que "só haverá uma nova reunião deliberativa se houver um acordo". O parlamentar também destacou que deve haver equilíbrio na aprovação de requerimentos entre os participantes da Comissão.
“Só acontecerá nova reunião deliberativa se houver um acordo. Fazer uma deliberativa para aprovar apenas os requerimentos da maioria, excluindo qualquer requerimento da minoria é inadmissível. O instituto da CPI é, sobretudo, que tem que primar pelo equilíbrio e pela capacidade de ser justo”.
A próxima semana será marcada pelos depoimentos do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, e do subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal, Beroldo José de Freitas Júnior.
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