GLOBALISMO

Relatório da ONU diz que governos devem impor agenda do movimento gay às religiões

Diógenes Freire · 13 de Julho de 2023 às 11:46 ·

De acordo com o relatório, a condenação da prática homossexual em algumas religiões, bem como a liberdade de crença em valores cristãos - como o patriotismo e a família tradicional - “não são respaldadas pelo direito internacional dos direitos humanos”

Um relatório apresentado na 53ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos da Organizaçao Nações Unidas (ONU) diz que governos devem impor a agenda do movimento gay às religiões para combater a “violência e a discriminação com base na orientação sexual”.

A reunião das Nações Unidas aconteceu do dia 14 a 19 de junho, em Genebra. O conteúdo do relatório foi divulgado na íntegra no dia 21 do mesmo mês, mas só ganhou repercussão esta semana depois que páginas católicas denunciaram a intenção da ONU de forçar as religiões a aderirem à agenda gay sob pena de sofrerem sanções governamentais.

O documento foi elaborado pelo especialista da ONU em questões LGBT, Victor Madrigal-Borloz, com base em respostas a um questionário enviado a "governos, organizações da sociedade civil, instituições religiosas, líderes religiosos, acadêmicos, organizações internacionais, instituições nacionais de direitos humanos, ativistas, corporações e outros".

De acordo com o especialista, os governos têm “obrigação de adotar medidas” contra “instituições religiosas e outros atores” que se baseiam no princípio da liberdade religiosa para defender o direito de pensar diferente dos militantes da causa gay.

Leia também: ONU recomenda descriminalizar aborto, pedofilia, drogas e prostituição

De acordo com o relatório, a condenação da prática homossexual em algumas religiões, bem como a liberdade de crença em valores cristãos - como o patriotismo e a família tradicional - “não são respaldadas pelo direito internacional dos direitos humanos”. 

Claramente, o objetivo do relatório é servir como fonte de narrativas para o movimento gay e viabilizar o que se chama de "advocacy" ou "lobby do bem" para forçar a tomada de posição de agentes públicos.

Segundo a ONU, as proposições expostas no documento serão enviadas aos países membros e "outras partes interessadas em cumprir plenamente suas obrigações sob a lei internacional de direitos humanos para proteger e capacitar as pessoas LGBT+ a buscar a felicidade , exercer e desfrutar de todos os seus direitos humanos”.

Para justificar sua posição que, na prática, é um ataque ao cristianismo, o especialista da ONU cita casos extremos de “países com leis que permitem punir com a pena de morte a atividade consensual entre pessoas do mesmo sexo” e têm como base da lei “valores culturais e religiosos”. 

Confira o relatório na íntegra.

Reação

Ao divulgar o relatório no Instagram e destacar as verdadeiras intenções da ONU, a página católica “Educar para o céu” disse que "a liberdade religiosa termina onde começam os direitos LGBT".

 

Na plataforma de petições online, CitizenGO, mais de 223 mil pessoas já assinaram um manifesto em defesa da liberdade religiosa em decorrência da declaração da ONU.

“Esta proposta ameaça nossa fé e arrisca a interferência institucional em assuntos religiosos”, diz um trecho da petição que pode ser assinada clicando aqui

De acordo com o Religious Liberty Institute  (RFI), que foi ouvido pelo especialista da ONU durante o processo de elaboração do relatório, “os defensores da política LGBT tendem a caracterizar qualquer recusa em afirmar expressões ou comportamento (homossexual) como 'discriminação' injusta. Como resultado, a política LGBT pode ser amplamente exercida contra indivíduos e instituições religiosas”.

 


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