BRASIL

Ramagem critica suposta "Abin paralela" e diz que "nunca será fácil" realizar uma campanha da oposição

Luís Batistela · 12 de Julho de 2024 às 11:49 ·

"No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro", publicou Ramagem. 

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, afirmou em suas redes sociais nesta sexta-feira (12) que “nunca será fácil” realizar uma pré-campanha em oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração ocorreu após o deputado citar a 4ª fase da operação contra a “Abin paralela”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar um suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento de autoridades públicas durante o governo de Jair Bolsonaro.

Ramagem é investigado pela corporação por ter comandado a Abin durante o governo Bolsonaro. “Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas. O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado (...). Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não. Não se encontram em first mile ou interceptação alguma”, declarou.

O parlamentar refere-se ao sistema da empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o FirstMile, que permite o rastreio do paradeiro através da localização do aparelho telefônico com as redes 2G, 3G e 4G. Assim, torna-se possível acessar o histórico de movimentações e deslocamento dos indivíduos, tal como criar alertas em tempo real. Basta digitar o número do contato telefônico no programa para acompanhar a última localização sujeito monitorado. Segundo a Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, o FirstMile atua como um “serviço de geolocalização de dispositivos móveis em tempo real, capaz de decodificar as identidades lógicas dos dispositivos e de gerar alertas sobre a rotina de movimentação dos alvos de interesse”.

De acordo com o relatório da PF, o grupo suspeito, identificado como “Abin paralela”, teria supostamente monitorado adversários políticos do então governo, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o então deputado federal Arthur Lira e alguns jornalistas. “No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”, concluiu o parlamentar.

 


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