Prefeita mais velha do país critica Lula e reafirma apoio a Jair Bolsonaro
“Simpatizei e vi a mentalidade dele. Achei muito bom para que ele fosse o presidente”, disse Carrazzoni sobre Jair Bolsonaro.
A prefeita de Itambé (PE), Graça Carrazzoni (MDB), de 85 anos, reiterou seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva está se encaminhando para uma administração repleta de fracassos. Apesar de simplória, a declaração de Carrazzoni reflete uma forte oposição à preferência de sua própria população, que concedeu 72% dos votos válidos a Lula no segundo turno, em contraste com 28% ao ex-presidente. Conhecida na região como Dona Graça, a prefeita é parte de uma família com um notável histórico na política local.
Carrazzoni destaca-se por ser a prefeita mais velha entre todas as mulheres que administraram cidades no país. Fred Carrazzoni, seu marido, foi prefeito de Itambé por seis mandatos. Em alguns de seus governos, Graça exerceu o cargo de secretária municipal de Ação Social. O marido faleceu em abril deste ano na cidade, e o pai de Fred também já foi prefeito de Itambé. Segundo o Censo de 2022 do IBGE, a cidade tem quase 35 mil habitantes e está situada na divisa com a Paraíba.
Sobre o atual presidente, Carrazzoni afirmou que não o apoiará em uma eventual candidatura em 2026. “Lula foi presidente, teve passado, acreditei muito no que ele disse que iria realizar. Ele não fez nada do que prometeu [no outro mandato]. Acho que ele está indo [agora] no caminho errado. Gostaria que ele realizasse tudo o que prometeu fazer para o povo, que está sofrendo”, disse em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta segunda-feira (22). Paralelamente, em contraste com a população, Dona Graça afirmou ser apoiadora de Jair Bolsonaro:
“Simpatizei e vi a mentalidade dele. Achei muito bom para que ele fosse o presidente”. Caso Bolsonaro não consiga concorrer às eleições de 2026, a prefeita sugeriu que ele indique alguém que compartilhe seus ideais políticos para a candidatura. “Deveria ser outra pessoa que [se ganhar] assumisse”. Carrazzoni também destacou que considera injusta a decisão da Justiça Eleitoral de tornar o ex-presidente inelegível até 2030, alegando que “tem muita coisa errada”.
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