PGR se mostra favorável à soltura de Filipe Martins
Há poucos meses, a defesa de Filipe reuniu comprovantes de Uber que demonstram a sua presença em Brasília no dia 30 de dezembro de 2022.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à soltura do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. A petição, assinada nesta segunda-feira (29) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, informa que os dados apresentados pela defesa de Martins, bem como a quebra de sigilo telemático, “parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional no período questionado”. Martins foi detido em 8 de fevereiro de 2024 e permanece preso. A prisão foi ordenada com base no argumento da Polícia Federal de que o ex-assessor estava em fuga e havia risco de ele deixar o país.
Em julho deste ano, a PF enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alegando não ter conseguido extrair informações do celular de Filipe Martins referentes ao período de 30 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023. A PF passou cerca de 6 meses tentando extrair dados dos 3 celulares apreendidos com o ex-assessor de Jair Bolsonaro em 8 de fevereiro, no âmbito da operação Tempus Veritatis.
Martins autorizou a quebra de seu sigilo telemático por meio de uma petição dirigida a Moraes. Com base nas informações obtidas, foi possível determinar que, às 16h56m17s de 31 de dezembro de 2022, Filipe estava no Park Way, região administrativa de Brasília, a aproximadamente 10 km do aeroporto. Às 19h56m44s do mesmo dia, o registro indicava sua presença no Jardim Alvorada, em Ponta Grossa (PR), a cerca de 50 km de Curitiba.
Há poucos meses, a defesa de Filipe reuniu comprovantes de Uber que demonstram a sua presença em Brasília no dia 30 de dezembro de 2022. Enquanto o avião presidencial voava para Orlando, Filipe comia um hambúrguer na capital federal. No dia seguinte, como já ficou comprovado pela companhia aérea Latam, ele viajava para Curitiba com a esposa. Todos os documentos que atestam a sua presença em Ponta Grossa – recibos de I-food, extratos bancários, faturas de celular – também foram apresentados a Alexandre de Moraes.
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