OPERAÇÃO ÈLPIS

PF prende suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes

Rhuan C. Soletti · 24 de Julho de 2023 às 12:19 ·

A operação Élpis é a primeira fase da investigação que apura os tão polêmicos assassinatos, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves

Na manhã desta segunda-feira (24), a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele já havia sido preso em junho de 2020 em uma operação que investigava o crime e cumpria prisão domiciliar. Suel teria ajudado a esconder as armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora e do motorista. 

A PF descobriu que Suel fazia “campana” seguindo os passos de Marielle. Ele ainda teria levado o carro utilizado na noite do crime para um desmanche. No momento de sua primeira prisão, a polícia apreendeu com ele uma BMW modelo X6, avaliada em mais de R$ 170 mil. Seu salário na corporação era de cerca de R$ 6 mil.

A operação Élpis é a primeira fase da investigação que apura os tão polêmicos assassinatos, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Segundo a PF, sete mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na cidade do Rio e na região metropolitana, inclusive um contra o irmão de Ronnie Lessa e contra o responsável pelo desmanche do carro. A Élpis é feita em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, se manifestou nas redes sociais: “Falei agora por telefone com o ministro Flávio Dino e o diretor-geral da Polícia Federal sobre as novidades do caso Marielle e Anderson. Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?”, questionou a ministra.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a PF e o MP-RJ “avançaram” na investigação sobre o crime.

Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora do PSOL Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados após o carro em que estavam ser atingido por vários disparos na região central do Rio. Marielle e Anderson Gomes morreram no local. A assessora foi atingida por estilhaços, levada ao hospital, e posteriormente liberada.

 


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