Petro, presidente da Colômbia, se contrapõe a Lula e fala de "negacionismo" da esquerda em agenda climática
Petro também criticou a dependência de recursos provenientes de países ricos que supostamente financiam projetos de conservação na floresta, o que é um tema importante na agenda climática do governo do PT
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou existir um "conflito ético" em relação à exploração de petróleo na região da Amazônia.
A declaração de Petro ocorreu na terça-feira (8), durante a Cúpula da Amazônia, em Belém, e contrapôs o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gustavo Petro afirmou ainda que há um negacionismo climático entre aqueles que justificam a manutenção de investimentos em combustíveis fósseis.
“Existe um grande conflito ético [em relação à exploração de petróleo na região amazônica], especialmente para as forças progressistas, que deveriam estar alinhadas com a ciência (...). A direita tem uma saída fácil, que é o negacionismo. Negam a ciência. Para os progressistas, é muito mais difícil. Isso leva a outro tipo de negacionismo: falar sobre transições.”
Petro também criticou a dependência de recursos provenientes de países ricos que supostamente financiam projetos de conservação na floresta, o que é um tema importante na agenda climática do governo do PT.
A Petrobras, com a aprovação de Lula, planeja explorar poços de petróleo na região da foz do rio Amazonas.
O projeto é fortemente criticado por ambientalistas, que apontam riscos de vazamento e questionam o discurso de Lula como defensor do meio ambiente e do clima.
Lula tem exigido um investimento de US$ 100 bilhões por parte de países estrangeiros que se comprometeram a financiar agendas climáticas na Amazônia.
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