Petição online pelo impeachment de Moraes ultrapassa 1 milhão de assinaturas
De acordo com o site, a próxima meta é atingir 1.500.000 assinaturas.
A petição pública lançada no site Change.org, solicitando a abertura de um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ultrapassou 1 milhão de assinaturas na manhã desta quarta-feira (21). O "abaixo-assinado" inclui uma "denúncia por crime de responsabilidade" contra o magistrado, endereçada ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. A denúncia surge após revelações de que Moraes teria solicitado ao Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) relatórios direcionados contra alvos específicos, especialmente opositores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A petição, que até o momento acumulou 1.004.583 assinaturas, foi iniciada após a Folha de S. Paulo revelar que Moraes solicitava, fora do rito oficial, a assessores do TSE a elaboração de relatórios para embasar suas decisões no STF contra dissidentes do atual governo. “Trata-se do maior atentado à democracia já testemunhado pelo povo brasileiro, em que um Ministro do STF usa ilegalmente o aparato estatal para perseguir alvos por ele pré-determinados, que não possuem foro por prerrogativa de função para serem investigados por ele próprio, no âmbito da Suprema Corte ou do Tribunal Superior Eleitoral, escolhe os investigadores a dedo, ordena clandestinamente a produção de dossiês e a fabricação de crimes inexistentes”, informa trecho da petição.
Segundo o jornal, Moraes pedia ao juiz instrutor do seu gabinete no STF, Airton Vieira, a produção de relatórios contra alvos específicos. Em seguida, Vieira repassava os pedidos ao perito criminal Eduardo Tagliaferro, que atuava no TSE até ser preso por violência doméstica contra sua esposa. Após produzir os relatórios solicitados, os documentos eram enviados ao gabinete de Moraes no STF para serem utilizados no inquérito das fake news, com a justificativa de serem monitoramentos espontâneos. Ao utilizar os materiais contra opositores, Moraes alegava tê-los recebido da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE.
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