Partido Republicano dos EUA deve apoiar votação para cassar o deputado George Santos
O deputado já enfrentou uma votação em 1º de novembro para expulsá-lo da Câmara, mas esta fracassou, pois os republicanos precisavam da cadeira de Santos para manter a estreita maioria na Câmara, permitindo-lhes bloquear grande parte da agenda legislativa do presidente democrata Joe Biden. No entanto, ao que tudo indica, Santos não receberá o mesmo apoio pela segunda vez
Cerca de 90 parlamentares republicanos da Câmara dos Deputados americana afirmam que devem apoiar a votação para expulsar o também republicano George Santos do Congresso americano. O esperado é que todos os democratas votem para expulsá-lo, então, se parte dos republicanos também votarem, a Casa alcançará o mínimo de dois terços de votos necessários para remover o deputado de Nova York do Legislativo.
A Câmara dos Estados Unidos está programada para votar, na sexta-feira (1), a expulsão do republicano George Santos, filho de brasileiros envolvido em um escândalo desde sua eleição em 2022.
A votação marcará um precedente significativo. Ao longo da história, a Câmara expulsou apenas cinco membros, sendo três por apoiarem a Confederação durante a Guerra Civil e os outros dois foram condenados antes de seus colegas votarem pela expulsão do Congresso.
Entretanto, um número suficiente de republicanos e democratas na Câmara determinou que o robusto relatório do Comitê de Ética, que identificou "evidências suficientes" de irregularidades criminais no início deste mês, é o bastante para desencadear a remoção de Santos. Muitos republicanos expressam confiança de que a votação será bem-sucedida.
Diversos legisladores apresentaram moções direcionadas ao legislador em seu primeiro mandato, após um relatório de seus colegas na Câmara sugerir que promotores federais deveriam apresentar acusações adicionais contra Santos, de 35 anos, que falsificou significativos aspectos de sua história de vida durante a campanha eleitoral.
A moção requer uma maioria de dois terços na Câmara, que é controlada pelos republicanos por uma estreita margem de 222-213.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, em entrevista coletiva, afirmou que os líderes do partido não instruirão os republicanos comuns sobre como votar, pois alguns acreditam que a expulsão não deve ocorrer antes que seu caso criminal seja resolvido.
"Pessoalmente, tenho reservas reais em fazer isso. Estou preocupado com um precedente que possa ser aberto", disse ele.
Parte do partido, porém, se mostra convencida da necessidade de se retirar Santos após Comitê de Ética bipartidário ter divulgado um relatório em 16 de novembro sobre alegações de fraude no financiamento de campanha por parte do parlamentar.
O documento expõe um padrão generalizado de má contabilidade e uso indevido de fundos de campanha que colocaram a "integridade da Câmara" em xeque.
Santos já se declarou inocente das acusações federais feitas por promotores de Nova York, incluindo lavagem de fundos de campanha para despesas pessoais e cobrança indevida de cartões de crédito de doadores, entre outras violações de financiamento de campanha.
Após a divulgação do relatório, Santos anunciou que não concorreria à reeleição em 2024, mas recusou-se a renunciar antes disso.
O relatório também detalhou gastos extravagantes, potencialmente ilegais, de dinheiro de campanha, como milhares de dólares em Botox, marcas de luxo como Hermes e "compras menores" no OnlyFans, um site conhecido por conteúdo sexual.
Após a divulgação do texto, Santos anunciou que não concorreria à reeleição em 2024, mas recusou-se a renunciar antes disso.
O deputado já enfrentou uma votação em 1º de novembro para expulsá-lo da Câmara, mas esta fracassou, pois os republicanos precisam da cadeira de Santos para manter sua estreita maioria na Câmara, permitindo-lhes bloquear grande parte da agenda legislativa do presidente democrata Joe Biden.
No entanto, ao que tudo indica, Santos não receberá o mesmo apoio pela segunda vez.
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