Para evitar ação policial, PCC proíbe roubo e furto de celular na cracolândia, diz jornal
Oficialmente, a Polícia Civil nega a informação, mas fontes da corporação teriam confirmado que, de fato, o “salve” - como são chamados os comunicados da facção - passou a circular na região no último dia 13
Com o objetivo de evitar a ação da polícia, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuam na cracolândia teriam proibido roubo e furto de celular na região. A informação foi apurada pela Folha de São Paulo com pessoas que convivem diariamente com o “fluxo”, como é chamada a aglomeração de dependentes químicos.
Oficialmente, a Polícia Civil nega a informação, mas o jornal diz ter confirmado com fontes da corporação que, de fato, o “salve” - como são chamados os comunicados da facção - passou a circular na região no último dia 13.
“Pessoas que atuam na cracolândia relataram que houve a ordem. Conforme elas, usuários de drogas já foram agredidos após serem flagrados descumprindo a determinação. As agressões servem de exemplo para que outras pessoas não cometam o crime”, diz um trecho da reportagem.
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Cracolândia
Atendendo a reclamações de moradores e comerciantes, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem avaliado fixar a cracolândia em, ao menos, mais dois lugares novos.
Apesar de ainda não haver um posicionamento oficial, a prefeitura tem avaliado a possibilidade de remover os usuários para a ponte Governador Orestes Quércia, conhecida como Estaiadinha, no Bom Retiro, e para a rua Porto Seguro, no bairro Ponte Pequena. Os dois locais ficam próximos do centro da cidade.
Há dez dias diversos usuários foram escoltados pelos agentes de segurança da prefeitura até a ponte Orestes Quércia.
Em levantamento recente, a prefeitura registrou cerca de 1,2 mil pessoas no “fluxo”.
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