O fio desencapado do choque de Iluminismo
O Iluminismo do Ministro Barroso, com qual ele deseja dar um “choque no Brasil”, é o que os conservadores chamam de globalismo: pró-aborto, pró-drogas, pró-ideologia de gênero, cotista e anticristão
O cômico Ministro Barroso deu uma graciosa entrevista ao gibi noticioso Época. Por dever de ofício, li.
Eis que não foi a minha surpresa que a série de platitudes me causou certa diversão: convenhamos, esse Ministro Barroso é um cara engraçado – lembra-me muito algumas personagens do saudoso Hermes & Renato.
A parte mais curiosa foi quando o Ministro solta o seguinte “para-choques de caminhão”: “O Brasil precisa de um choque de Iluminismo”.
Entre tantos choques e para-choques, o Ministro traz a luz uma imagem bizarra: óbvio que ele não fala do Iluminismo dos tempos em que as ideias vinham para o mundo sob luz de velas – ele fala de um neoiluminismo, um certo Iluminismo de tempos modernos, onde as ideias vem ao mundo sob a luz fosforescente de uma lâmpada alógena.
De qual Iluminismo o sósia judicial de Dedé Santana se refere? Não se trata, logicamente, daquela velharia do Iluminismo de velas dos tempos de Rousseau – é o iluminismo pró-aborto, pró-drogas, simpático à ideologia de gênero, anti-soberanista, ateu (ou, vez ou outra, macumbeiro) e anticristão, cotista, racialista, pró-Antifa, enfim, essencialmente anticonservador.
Não é um Iluminismo anti-Burke: é cristalinamente um iluminismo “anti-ala ideológica”, aquele iluminismo “anti-olavista”, um iluminismo prudente e sofisticado e adorador do Baphomet que vem atendendo pelo nome de ONU.
O Iluminismo de Barroso, com qual ele deseja dar “choque no Brasil”, é o que os conservadores chamam de globalismo...