COVIDÃO

O Estrume e a Mosca

Evandro Pontes · 26 de Maio de 2020 às 17:19 ·

No atual momento político, é fundamental investigar a atuação do ex-ministro Sergio Moro durante o período da pandemia

Na tal reunião ministerial, o Presidente da República se referiu ao governador do Rio de Janeiro como “estrume”.

Poucos, entretanto, notaram a postura do então Ministro da Justiça, pairando no ar daquela reunião como uma mosca.

O Presidente da República cobrou de todos os ministros que elevassem a qualidade do trabalho e disse que iria “interferir” em todos os ministérios. Em momento algum deixou a entender que iria usar os ministérios para tirar proveito pessoal.

Eis que, numa brincadeirinha linguística fuleira, o ex-Ministro pinça a palavra “interferência” e com a ajuda dos Antagonistas, tenta criar a versão de que essa “interferência” anunciada seria sinônimo de “vantagem pessoal”.

Com isso, o ex-Ministro torna pública certa pressão que estava sofrendo por estar visivelmente blindando a Polícia Federal e alguns de seus agentes, que segundo a visão do Presidente, não estariam fazendo seu trabalho corretamente.

Não se sabe ainda se essa blindagem que o ex-Ministro deixou explícita em relação ao seu predileto na PF poderia estar escondendo algum investigado ou alvo de investigação. Isso, em si, demanda uma “metainvestigação”, qual seja, uma investigação das investigações, conhecida no meio jurídico como “obstrução da Justiça”...

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