LEALDADE

Moro deixa a Nova Esquerda em pânico

Fábio Gonçalves · 27 de Janeiro de 2020 às 16:42 ·
Pela "milionésima" vez, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, diz que não sairá do governo e que não disputará as eleições de 2022

Em entrevista ao Programa Pânico, da rádio Jovem Pan, na tarde desta segunda-feira (27), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, mais uma vez foi questionado sobre sua permanência no governo e sobre uma possível candidatura para a corrida presidencial de 2022. 

Isso porque a mídia tem veiculado maciçamente os boatos de um racha entre o presidente Bolsonaro e seu ministro mais popular. Segundo a versão da imprensa, por se sentir tolhido dentro do governo, Moro estaria estudando disputar a cadeira de chefe do Executivo mesmo que precisasse enfrentar o atual mandatário. 

Essas ilações, vale dizer, ganharam fôlego depois que Bolsonaro revelou a demanda de setores da sociedade por separar a pasta de Segurança Pública da pasta da Justiça, deixando, por consequência, Moro só com esta última. Quem estava apostando na teoria da briga entendeu esse movimento como um indicativo cabal de que Bolsonaro estaria “fritando” o ministro. 

Sobre a saída do governo, a resposta do ex-juiz foi taxativa:

“Eu nunca falei nada. Na última sexta esse episódio [da divisão do Ministério] foi resolvido. Ele [Bolsonaro] disse que não haveria a separação e que o caso está encerrado. Não tem por que eu não ficar [no governo]. O trabalho, modéstia à parte, está sendo bem feito e tem recebido o apoio do presidente”.

Sobre uma possível candidatura:

“Eu já falei um milhão de vezes. Daqui a pouco vou ter que tatuar na testa. Em 2022 o presidente pretende a reeleição, é uma escolha dele, e a mim, como ministro do seu governo, cabe apoiá-lo (...) é até uma questão de lealdade”. E mais: “Eu não tenho um projeto pessoal. Meu projeto é melhorar esses setores [justiça e segurança pública]”.

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