JOGO POLÍTICO

Marta Suplicy, petista histórica, é uma boa opção para vice de Ricardo Nunes, diz Valdemar Costa Neto

Yasmin Alencar · 22 de Agosto de 2023 às 10:18 ·

Marta Suplicy foi durante muitos anos um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e, trabalhar para elegê-la, seria por consequência colocar parte do PT dentro da prefeitura de São Paulo

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (Solidariedade), poderia ser uma boa opção para ser candidata a vice-prefeita na chapa de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição para a prefeitura.

A fala de Costa Neto ocorreu durante uma entrevista ao Valor Econômico na segunda-feira (21). 

“O nosso apoio a Nunes não está condicionado a ter o vice na chapa. O ex-presidente Jair Bolsonaro entendeu que o nome de vice precisa ser da melhor pessoa, não do PL. São Paulo é uma cidade de centro. O que interessa para nós é que o Nunes ganhe. Marta seria uma escolha muito boa para ser vice, mesmo por outro partido”, disse. 

Marta é secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo e já foi prefeita entre os anos de 2001 e 2005.

Acontece que Marta Suplicy foi, durante muitos anos, um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e trabalhar para elegê-la seria, por consequência, colocar parte do PT dentro da prefeitura de São Paulo.

Foi dentro do PT que Marta se tornou deputada federal e senadora. Além disso, ocupou o cargo de ministra do Turismo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministra da Cultura no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).

Em setembro do ano passado, Marta declarou seu apoio a Lula nas eleições presidenciais.

“O vencedor já está apontado”, disse, em mensagem publicada nas suas redes sociais. “Decidamos logo para mudar o clima, virar a página e mergulhar no gigantesco desafio de reconstrução que nos espera. Está nas suas mãos. Lula já.”

Segundo Costa Neto, a filiação de Marta ao Partido Liberal ainda não chegou a ser discutida nem com Nunes, nem com membros da legenda. 

“Precisa ver se todos topam. O nosso pessoal tem muita restrição à gente com passado na esquerda, mas se a gente não aceitar gente nova, não vamos crescer”, enfatizou.

 


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