Marta Suplicy, petista histórica, é uma boa opção para vice de Ricardo Nunes, diz Valdemar Costa Neto
Marta Suplicy foi durante muitos anos um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e, trabalhar para elegê-la, seria por consequência colocar parte do PT dentro da prefeitura de São Paulo
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (Solidariedade), poderia ser uma boa opção para ser candidata a vice-prefeita na chapa de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição para a prefeitura.
A fala de Costa Neto ocorreu durante uma entrevista ao Valor Econômico na segunda-feira (21).
“O nosso apoio a Nunes não está condicionado a ter o vice na chapa. O ex-presidente Jair Bolsonaro entendeu que o nome de vice precisa ser da melhor pessoa, não do PL. São Paulo é uma cidade de centro. O que interessa para nós é que o Nunes ganhe. Marta seria uma escolha muito boa para ser vice, mesmo por outro partido”, disse.
Marta é secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo e já foi prefeita entre os anos de 2001 e 2005.
Acontece que Marta Suplicy foi, durante muitos anos, um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e trabalhar para elegê-la seria, por consequência, colocar parte do PT dentro da prefeitura de São Paulo.
Foi dentro do PT que Marta se tornou deputada federal e senadora. Além disso, ocupou o cargo de ministra do Turismo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministra da Cultura no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).
Em setembro do ano passado, Marta declarou seu apoio a Lula nas eleições presidenciais.
“O vencedor já está apontado”, disse, em mensagem publicada nas suas redes sociais. “Decidamos logo para mudar o clima, virar a página e mergulhar no gigantesco desafio de reconstrução que nos espera. Está nas suas mãos. Lula já.”
Segundo Costa Neto, a filiação de Marta ao Partido Liberal ainda não chegou a ser discutida nem com Nunes, nem com membros da legenda.
“Precisa ver se todos topam. O nosso pessoal tem muita restrição à gente com passado na esquerda, mas se a gente não aceitar gente nova, não vamos crescer”, enfatizou.
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