IMPEACHMENT

Malafaia promete "botar para quebrar" em ato na Avenida Paulista contra Moraes

Luís Batistela · 16 de Agosto de 2024 às 09:52 ·

Oposição articula impeachment contra o ministro da Suprema Corte. 

O pastor Silas Malafaia e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer convocaram manifestantes para um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no feriado de 7 de setembro. O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo prometeu que, na ocasião, fará “o mais duro discurso contra o ditador da toga”, referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A convocação ocorre após as revelações feitas pela Folha de S. Paulo de que Moraes solicitava, fora do rito oficial, a assessores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a produção de relatórios que serviriam para embasar suas próprias decisões no STF contra dissidentes do atual governo.

“Dois terços do Senado vão a voto em 2026. São 54 senadores. Quero ver qual senador vai ter coragem de fugir se tiver pressão popular. Como pode um Senado que a maioria é de direita, pelo menos dizem, e estão comendo na mão do PT, grande parte deles acovardados e encolhidos? Vamos passar esse negócio a limpo. O povo vai saber quem são eles”, afirmou Malafaia.

O pastar ainda destacou que “em qualquer nação do mundo ele [Moraes] estaria preso com as denúncias de gravações de conversas de assessores para induzir perseguição a inimigos”. “Durante as conversas, foi traçada a estratégia de uma campanha nacional em prol do impeachment, que será iniciada imediatamente”, alegou também o senador Eduardo Girão (Novo-CE). O parlamentar defende que esse assunto está acima da divisão entre direita e esquerda, “tratando-se de uma defesa genuína da democracia”.

Segundo o jornal, Moraes pedia ao juiz instrutor do seu gabinete no STF, Airton Vieira, a produção de relatórios contra alvos específicos. Em seguida, Vieira repassava os pedidos ao perito criminal Eduardo Tagliaferro, que atuava no TSE  até ser preso por violência doméstica contra sua esposa. Após produzir os relatórios solicitados, os documentos eram enviados ao gabinete de Moraes no STF para serem utilizados no inquérito das fake news, com a justificativa de serem monitoramentos espontâneos. Ao utilizar os materiais contra opositores, Moraes alegava tê-los recebido da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE.

 


"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"



ARTIGOS RELACIONADOS