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Lula usa palanque da OIT para defender impostos e alfinetar Elon Musk

Redação BSM · 13 de Junho de 2024 às 16:01 ·

Diante da elite de burocratas globalistas, ocupante da Presidência faz discurso demagógico contra a economia de mercado
 


Em um discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, Suíça, o ocupante da Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reafirmou sua proposta de taxação das “grandes fortunas” e pediu uma "nova globalização" focada na justiça social. Reiterando sua posição em fóruns internacionais, Lula enfatizou a necessidade de tributar os super-ricos como uma medida essencial para combater a desigualdade global.

Demagogo como sempre, Lula tem defendido o imposto sobre grandes fortunas em seus discursos, e na OIT não foi diferente. "O Brasil está impulsionando a proposta de taxação dos super-ricos nos debates do G20", declarou o presidente. Ele criticou a concentração de riqueza, destacando que 3.000 bilionários possuem cerca de US$ 15 trilhões, valor que ultrapassa os PIBs combinados de Japão, Alemanha, Índia e Reino Unido. "Os países ricos precisam pagar a conta. A mão invisível do mercado só agrava a desigualdade. O crescimento da produtividade não tem sido acompanhado pelo crescimento dos salários", afirmou.

Lula não poupou críticas aos bilionários que investem em programas espaciais — e é lógico que ele estava se referindo a Elon Musk . Sem mencionar diretamente o dono da SpaceX, Lula afirmou: "Não precisamos buscar soluções em Marte. É a Terra que precisa do nosso cuidado". O comentário arrancou aplausos e risadas da plateia da elite globalista, mas revela a habitual linha demagógica de Lula, que frequentemente aponta o dedo para a riqueza individual sem considerar os benefícios que a inovação tecnológica pode trazer à sociedade.

O ocupante da Presidência também abordou a desigualdade de renda e o aumento da informalidade no mercado de trabalho, criticando a "mão invisível do mercado". Segundo Lula, esta abordagem só gera desigualdade, uma visão que ignora os inúmeros exemplos históricos e contemporâneos de como a economia de mercado tem sido um motor para a prosperidade econômica e a inovação tecnológica. Sua insistência em um modelo de taxação intensiva pode ser vista como uma forma de desviar a atenção das reformas estruturais necessárias para gerar prosperidade.

Lula exaltou a parceria com o presidente americano Joe Biden, destacando a importância de promover o trabalho decente e a justiça social. "Retomamos as políticas de valorização do salário mínimo, de erradicação do trabalho infantil e de combate a formas contemporâneas de escravidão", disse Lula. Ele mencionou a necessidade de resgatar o espírito da Declaração da Filadélfia, que defende o trabalho como uma fonte de atividade e bem-estar, e “não apenas como uma mercadoria”.

Lula defendeu a criação de um projeto de inteligência artificial para o Sul Global, criticando a dominação das empresas privadas no setor. "A inteligência artificial nada mais é do que a esperteza de algumas empresas que acumulam conhecimento de todos os seres humanos sem pagar um único centavo de dólar ao povo", afirmou. Uma visão que ignora os investimentos e os riscos assumidos por essas empresas para desenvolver tecnologias que beneficiam a sociedade.

Sempre sindicalista, ao menos nos cacoetes verbais, Lula também abordou a modernização do trabalho e o aumento da informalidade, defendendo direitos trabalhistas e criticando a precarização do trabalho. “As novas gerações não encontram espaço no mercado. Muitos não estudam, nem trabalham", lamentou. Ele destacou que cerca de 215 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza mesmo estando empregadas, e que as desigualdades de gênero, raça, orientação sexual e origem geográfica são agravantes desse cenário.

A presença de Lula na conferência foi celebrada por altos burocratas da elite internacional como Gilbert Houngbo, diretor-geral da OIT, e Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Após a conferência em Genebra, Lula seguirá para a Itália para participar da Cúpula do G7, onde pretende continuar defendendo suas propostas e discutindo soluções globais para os desafios econômicos e sociais atuais.

 


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