BRASÍLIA

Jornalistas são agredidos por capangas do ditador Nicolás Maduro e agentes do GSI de Lula

Luís Batistela · 31 de Maio de 2023 às 16:08 ·

A ação foi repudiada pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) que, paralelamente, aceitou participar do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, órgão integrante da Controladoria-Geral da União (CGU) de Lula

O encontro de Lula com presidentes sul-americanos realizado nesta terça-feira (30), em Brasília, terminou de uma maneira nem um pouco pacífica: jornalistas foram agredidos por capangas do ditador venezuelano Nicolás Maduro e também por agentes a serviço do Gabinete de Segurança Institucional do governo brasileiro. 

Para além do empurra-empurra e grosserias de "seguranças" contra membros da imprensa, o caso que ficou mais evidente foi o da repórter da TV Globo, Delis Ortiz, que levou um soco no peito de um agente. O tumulto foi estabelecido quando os guarda-costas do Maduro tentaram impedir que os jornalistas se aproximassem para entrevistá-lo.

Ortiz foi socorrida e levada à uma sala do Itamaraty para atendimento médico. Aparentemente, os danos foram superficiais, segundo a própria emissora, e ela passa bem.

Até o momento, nenhuma palavra de Lula sobre o ocorrido. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) emitiu uma mísera nota à imprensa solidarizando-se com a repórter e repudiando o ocorrido:

“A Secretaria de Imprensa da Presidência da República se solidariza com a jornalista Delis Ortiz e repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas. Todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita”.

Igualmente o MRE (Ministério das Relações Exteriores) poupou-se de um grande discurso em defesa de Ortiz, contentando-se, apenas, e expor seu módico lamento ao incidente, prometendo tomar as providências cabíveis para a situação:

“O Ministério das Relações Exteriores lamenta o incidente no qual houve agressão a profissionais de imprensa, ao final da Reunião de Presidentes da América do Sul. Providências serão tomadas para apurar responsabilidades”.

Inclusive a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) – que aceitou participar do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, órgão integrante da Controladoria-Geral da União (CGU) de Lula – elaborou um pequeno tweet em aversão ao ocorrido.

Por fim o G1 – empresa em que trabalha a jornalista agredida – afirmou apenas que “repudia o ato de violência contra os jornalistas, se solidariza e aguarda as providências a serem tomadas para a punição dos responsáveis”. 

 


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