Itamaraty gastou ao menos R$ 24 milhões com viagens de Lula ao exterior; alguns valores permanecem sob sigilo
Em média, Lula gastou cerca de R$ 795 mil por dia em suas viagens, sem contar os gastos que estão sob sigilo por determinação do GSI
As viagens do presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) custaram mais de R$ 24,8 milhões aos cofres públicos em apenas seis meses de governo. O montante não inclui gastos com o translado aéreo, bancado pela Força Aérea Brasileira (FAB), que permanecem sob sigilo.
Os números foram obtidos pelo jornal Poder360 via pedido Lei de Acesso à Informação ao Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.
A viagem internacional que acumulou as maiores despesas foi a da China e dos Emirados Árabes, onde a comitiva presidencial gastou cerca de R$ 6,6 milhões em apenas 6 dias. Em segundo lugar, estão os gastos com a viagem ao Vaticano, Itália e França, que somaram R$ 5,7 milhões em 5 dias. A visita a Portugal e Espanha se encontra em terceiro lugar, com valores gastos de R$ 4,4 milhões. Em quarto lugar, a comitiva gastou R$ 2.9 milhões em apenas dois dias no Reino Unido.
A viagem mais "barata" foi ao Japão para a cúpula do G7, onde os gastos chegaram a mais de R$ 900 mil em 6 dias.
Em média, Lula gastou cerca de R$795 mil por dia em suas viagens, sem contar os gastos que estão sob sigilo por determinação do GSI.
Dentre os gastos, os maiores valores foram:
- R$ 12 milhões em hospedagem;
- R$ 9,2 milhões com alugel de veículos;
- R$ 771 mil para a contratação de intérpretes.
GASTOS AÉREOS
O Poder 360 solicitiou acesso aos gastos com transporte aéreo das viagens de Lula pela FAB, mas o pedido foi encaminhado ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que negou a solicitação sob a justificativa de que os dados poderiam comprometer a segurança nacional por “se tratar de tema de acesso restrito para os planos e operações estratégicas das Forças Armadas".
Segundo o jornal, a diretora de programas do Portal da Transparência, Marina Atoji, afirmou que os gastos com traslados aéreos da presidência não devem ser considerados sigilosos, pois isso contraria o objetivo de transparência previsto na legislação.
"Está afetando e impedindo a divulgação de informações públicas de interesse geral”, defendeu.
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