MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Itamaraty divulga nota condenando morte do líder do grupo terrorista Hamas

Redação BSM · 31 de Julho de 2024 às 14:56 ·

Para o governo Lula, matar o chefe de um grupo terrorista sanguinário é violar a soberania do Irã 

O Itamaraty divulgou uma nota nesta quarta-feira (31) condenando "veementemente" a morte de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas. Ele foi morto em Teerã, no Irã, segundo informou o próprio Hamas e a Guarda Revolucionária do país.

"O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio", diz o Itamaraty.

A nota diz ainda que "tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns".

E concluiu: "O governo brasileiro reitera que, para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio, é essencial implementar cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel pela morte de Haniyeh e prometeu vingança. Israel, por sua vez, não assumiu a autoria do atentado. Em declaração, o primeiro-ministro Netanyahu não comentou diretamente a morte, mas disse que o país deu "golpes esmagadores" em aliados do Irã.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin, enviado como representante do governo federal para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, apareceu ao lado do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na terça-feira (30) em Teerã.

Alckmin era um dos convidados para a posse de Pezeshkian. Na ocasião, o vice-presidente foi visto a poucos metros de Haniyeh, que foi morto horas depois. 

 


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