TERRORISMO REAL
Israel sofre nova onda de ataques terroristas
Início do novo governo de Benjamin Netanyahu é marcado por diversas ações armadas de grupos palestinos
O novo governo encabeçado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mal foi formado e já tem seu primeiro desafio: na última semana, terroristas realizaram diversos ataques. Nesse artigo, falarei sobre isso.
#1 – Maaleh Efraim, Samaria
No dia 25 de Janeiro, um terrorista para perto de um posto de fiscalização, salta de seu carro e tenta esfaquear o agente de segurança. Ele é eliminado logo em seguida.
Ataques similares a esse começaram a aumentar e normalmente não são reportados pela grande mídia.
#2 – Jenin
A inteligência do exército de Israel entrou na cidade de Jenin – sob controle da Autoridade Palestina – para acabar com uma célula terrorista da Jihad Islâmica e prender os terroristas envolvidos com a organização de recentes ataques em Israel. Havia um ataque de maiores proporções sendo organizado pelo grupo terrorista desta célula.
Ao entrar na cidade e se aproximar do local onde os terroristas se encontravam, os terroristas abriram fogo contra o exército de Israel, jogaram diversos explosivos e iniciou-se um confronto no qual os terroristas foram eliminados.
Na troca de tiros, Magda Abdel-Fatah Obaid, de 61 anos, morreu atingida por uma bala perdida. Sua filha, Kefiyat de 26 anos, disse para a Associated Press que “após terminar sua reza, ela parou por um momento para olhar o que estava acontecendo e foi atingida no pescoço por uma bala e caiu contra a parede e depois no chão”.
Ainda não é sabido de onde veio a bala que a atingiu, mas isso não impede a imprensa pró-terrorismo de afirmar que foi dos soldados de Israel ou mesmo de dizer que o tiro foi intencionalmente dado por um sniper israelense.
A mídia pró-terrorismo veio em massa acusar Israel de cometer um massacre. Aparentemente para eles, o correto seria que Israel deixasse os ataques acontecerem ou então, quando os soldados foram recebidos com balas e explosivos, que revidassem com flores, um pedido de por favor com um carro de som devidamente tocando “Imagine”. Voltarei nisso em próximo artigo.
#3 – Neve Yaakov, Jerusalém
Para os judeus religiosos, como este que vos escreve, o Shabat, que começa no pôr do Sol de sexta-feira e vai até aproximadamente 30 minutos depois do pôr do Sol de sábado, é um dia de introspecção. É um dia que não fazemos uma série de atividades como cozinhar, acender fogo, andar de carro e ficar na internet e nos voltamos para a família e para Deus. É o momento que família e amigos se reúnem para estudar, conversar e ter a companhia um do outro e, por um dia, deixar os afazeres mundanos de lado e se focar no espiritual, tanto dentro de casa como na sinagoga.
Este foi o momento escolhido pelo terrorista Khayri Alqam para seu ataque. Ele chegou de carro, parou perto de uma sinagoga na principal rua do bairro de Neve Yaakov em Jerusalém e abriu fogo contra quem estava passando.
Uma de suas vítimas foi Asher Natan, de apenas 14 anos, que morava ao lado, tinha acabado de jantar com sua família e estava indo encontrar com amigos de sua idade. Seu pai, ouvindo os tiros, correu desesperado em busca de seu filho para somente encontrá-lo atrás de uma barreira policial já sem vida.
O Rabino Shaul Hai, de 68 anos, havia terminado sua refeição na casa de seu cunhado e estava indo a pé para o bairro ao lado de onde morava para dar uma aula em sua sinagoga.
Rafael ben Eliahu de 56, estava junto com seu filho de 22 anos quando ambos foram atingidos. Rafael morreu na hora e seu filho está internado em estado grave. Ele tinha outros 3 filhos.
Ilya Sosansky, de 26 anos também morreu na hora.
O casal Eli e Natali Mizrahi, ele de 45 anos e ela de 42, haviam se casado há pouco mais de dois anos. Estavam no meio de sua refeição quando ouviram tiros e gritos de ajuda. Eli desceu correndo para ajudar outras vítimas e sua esposa o seguiu. Ele foi atingido pelo terrorista e caiu no chão. Sua esposa foi correndo em sua direção para tentar fazer reanimação e o terrorista viu a cena, voltou e executou Natali com um tiro na cabeça.
Natali Mizrahi trabalhava no hospital Hadassa há 20 anos e ela ajudava na distribuição de comida para os doentes. Ela foi descrita pelos funcionários do hospital como uma mulher alegre, sempre de bom humor e que sempre se preocupava em conversar com os pacientes para saber como estavam e dar-lhes atenção.
Irina Korolova era uma cidadã da Ucrânia e trabalhava em Israel há 6 anos como cuidadora de idosos. O presidente da Ucrânia escreveu uma mensagem de condolências em seu Twitter:
We share pain after the terrorist attacks in Jerusalem. Among the victims is a woman. Sincere condolences to the victims' families. The crimes were cynically committed on the Intl Holocaust Remembrance Day. Terror must have no place in today's world. Neither in nor in
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 28, 2023
“Nós compartilhamos da dor de Israel pelos ataques terroristas em Jerusalém. Entre as vítimas há uma mulher ucraniana. Condolências sinceras às vítimas das famílias. Os crimes foram cometidos cinicamente no Dia Internacional da Memória do Holocausto. Não pode haver lugar para o terrorismo nos dias de hoje. Nem em Israel nem na Ucrânia.”
Outras 5 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas e estão sendo tratadas neste momento.
O terrorista tentou fugir de carro, mas foi interceptado e eliminado pela polícia israelense.
O terrorista era conhecido pela polícia por roubos e furtos e especula-se que ele decidiu fazer os ataques para que sua família recebesse uma pensão vitalícia da Autoridade Palestina. (para ler mais sobre como isso funciona, meu artigo “Pagamento para Matar”).
#4 – Silwan, Arredores da Cidade Velha, Jerusalém
No sábado, Mohammed Aliyat, de apenas 13 anos, estava armado e ficou escondido atrás de um carro nos arredores da cidade velha esperando que um grupo de judeus passasse. Ao passarem, atirou neles pelas costas, atingindo duas pessoas: um homem de 59 anos e outro de aproximadamente 20. Ambos estão internados em estado grave no hospital Shaarei Tzedek em Jerusalém.
Dois dos membros do grupo estavam armados e conseguiram ferir o terrorista que também foi levado para o hospital.
Assista ao vídeo do ataque aqui:
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A pergunta que qualquer um deve estar se fazendo é “como uma criança de 13 anos se transforma em um terrorista?”
Infelizmente, há escolas que fazem doutrinação pró-terrorismo, glorifica os atentados, exalta os terroristas mortos como grandes heróis e enfatiza a alegria dada para a família que terá um filho herói que ainda por cima irá garantir a segurança financeira da família. Tudo isso, freqüentemente impulsionado por uma visão religiosa de estar cumprindo a vontade de Deus.
Essas escolas são financiadas pela ONU, por países da Europa e novamente pelos EUA. O ex-presidente Donald Trump havia cortado o dinheiro até que as escolas fossem reformuladas e material que incentivasse o terrorismo fosse retirado. Isso não foi feito e Joe Biden decidiu, mesmo assim, voltar a dar dinheiro para eles.
As crianças que crescem nesse ambiente sofrem lavagem cerebral e, muitas vezes, cometem ataques com a principal intenção de morrer para se tornarem mártires, terem a vida eterna, serem imortalizadas como heróis e terem o respeito da família para sempre.
#5 – Tzomet Almog, perto de Jericó
Também no sábado, dois terroristas se aproximaram de um restaurante no Tzomet Almog, que fica perto de Jericó com um rifle. Câmeras de segurança mostraram que eles deram um tiro, mas o rifle emperrou e eles fugiram de carro. Neste momento, o exército está à procura deles.
#6 – Kedumim, Samária
Perto da meia-noite deste último sábado (28), um terrorista ficou do lado de fora da pequena cidade de Kedumim e começou a atirar. Um segurança local ouviu os tiros, confrontou o terrorista e conseguiu eliminá-lo sem que o terrorista adentrasse a cidade e causasse alguma morte.
Na foto, o retrato dos mortos no ataque terrorista em Jerusalém:
Acima, da esquerda para a direita:
Ilya Sosansky (HY”D)
Nathan Asher (HY”D)
Rafael ben Eliahu (HY”D)
Embaixo, da esquerda para a direita:
Eli e Natali Mizrahi (HY”D)
Rabino Shaul Hai (HY”D)
Irina Korolova (HY”D)
— Ricardo Gancz é doutor em Filosofia, professor de Grego Clássico e Filosofia na Universidade Bar-Ilan, analista político e correspondente do BSM em Israel.
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