VÍRUS CHINÊS

“Haverá um acerto de contas!”, afirma Nobel crítico ao lockdown

Douglas Pelegati · 6 de Maio de 2020 às 12:09 ·

Para Michael Levitt, políticos e especialistas erraram ao adotar medidas extremas e prejudiciais: “surto após surto é possível observar um padrão matemático semelhante, independentemente das intervenções governamentais”. 

Vencedor do Prêmio Nobel de Química, Michael Levitt criticou em entrevista recente ao jornal americano 21st Century Wire as políticas de lockdown e controle social adotadas em quase todos os países ocidentais. Segundo o pesquisador, as consequências econômicas e sociais serão desastrosas quando comparadas aos danos causados pelo COVID-19. Enquanto isso, políticos e analistas sociais se preparam para dobrar a aposta e insistir em políticas públicas com resultados incertos e graves consequências a seus países. 

Michael Levitt enfatiza que não é médico, nem epidemiologista, mas sim um químico, professor de Biologia Estrutural na Stanford School of Medicine, e vencedor do Prêmio Nobel de Química em 2013. Sua habilidade, então, é lidar com números, sistemas químicos complexos e estatísticas: “Gosto tanto de números que minha mulher reclama dizendo que gosto mais deles do que dela”, afirmou Levitt sem parecer estar brincando. 

Segundo o professor e pesquisador, a melhor atitude a ser adotada diante da propagação da COVID-19 seria a “política de imunidade do rebanho”. A estratégia consiste em imunizar a maioria da população através do contágio direto (através da própria doença) ou indireto (através de vacinas, por exemplo). Quando uma porcentagem alta da população (em média 95%) adoece e desenvolve anticorpos, o restante social mais vulnerável ou suscetível à formas graves da doença acaba imunizado pela “imunidade do rebanho”.

A Suécia, diz Levitt, “deve ser vista claramente como uma vencedora nesse momento, pois se recusou a adotar políticas de lockdown”. Já sobre o Reino Unido, ele afirma:

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