BRASIL

Governo brasileiro reitera pedido de extradição de Allan dos Santos

Luís Batistela · 19 de Julho de 2024 às 12:03 ·

Em março deste ano, o governo americano negou o pedido de extradição de Allan dos Santos, justificando que injúria e calúnia são protegidos como parte da liberdade de expressão.

O governo federal reiterou o pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos durante uma reunião realizada em junho deste ano. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley; e outro representante da diplomacia americana. As informações foram divulgadas pela CNN.

A embaixadora realizou uma "courtesy call" (visita de cortesia) ao Ministério da Justiça para conhecer Lewandowski, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o ministro teria questionado Frawley sobre a possível extradição do jornalista. Acontece que os acordos de cooperação entre Brasil e EUA não contemplam extradição por atos de injúria e calúnia, pois tais elementos são considerados como parte da ‘liberdade de expressão’ pelos americanos. No entanto, segundo a CNN, Elizabeth teria prometido uma resposta.

Paralelamente, conforme noticiado no BSM, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, por meio de uma manifestação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (17), defendeu a abertura de uma investigação contra Allan, devido a um print screen que o jornalista teria feito de uma suposta troca de mensagens na qual a jornalista Juliana Dal Piva desaconselhava um colega a publicar uma matéria denunciando irregularidades cometidas por Moraes e pela PF na prisão de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro.

 


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